O partido Chega considera que o Hospital dos Covões, em Coimbra, “segue um rumo de futura extinção”, com as Urgências a passarem de Hospitalar para Básica, sendo “o patinho feio” da Saúde.
Segundo o presidente da Distrital de Coimbra do Chega, Paulo Seco, o partido “irá encetar todos os esforços e accionar os mecanismos para questionar o Ministério da Saúde e, sobretudo, o coordenador do Plano de Emergência e Transformação da Saúde, Pedro Melo Lopes, sobre esta situação calamitosa com graves prejuízos para os utentes, ou seja, para todos nós”.
“Quando há muito se deveria trabalhar, no sentido da abertura duma 3.ª Unidade Hospitalar em Coimbra de referência nacional, continua-se a desmembrar, desmantelar e sobretudo desrespeitar quem nela todos os dias emprega todo o seu saber e o seu esforço profissional”, refere Paulo Seco, considerando “inadmissível a transferência que tem ocorrido nos últimos dias de equipamentos hospitalares (macas e camas) e até, pasmem-se, enfermeiros para os Hospitais da Universidade de Coimbra, para fazer face ao ´entupimento persistente´ que tem ocorrido diariamente, conforme é de conhecimento público”.
Para o líder distrital do Chega, “o mais imoral é mesmo a transformação, ocorrida a 8 de Janeiro, da Urgência Hospitalar dos Covões em Urgência Básica, como se de um Centro de Saúde se tratasse, onde apenas e só, irão estar dois médicos na urgência geral, quando passamos novamente um período de infecções respiratórias”.
O dirigente do Chega recorda que “já no passado mês de julho de 2024 foi referido que alguns dos serviços de referência, como Cardiologia, Pneumologia e Laboratório de Hemodinâmica, com a reorganização dos serviços centrais dos Hospitais da Universidade de Coimbra, vieram fazer com que a vida do Hospital dos Covões passasse por momentos aflitivos, quer para os seus utentes, quer para todo o pessoal clínico e não clínico que ali exerce de forma briosa o seu labor profissional de prestação de saúde”.
“O que não podemos é deixar cair em saco roto, ou mesmo empurrar com a barriga, um problema que já se arrasta há um bom par de anos, que se pode definir de forma pré-histórica como a ‘A Era da Extinção do Hospital dos Covões’ na cidade de Coimbra”, refere Paulo Seco.