As obras do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), junto à estação de Coimbra-B, enfrentam novos desafios após a descoberta de uma ponte em pedra calcária, possivelmente datada da Idade Média. Este achado arqueológico obrigará a alterações no projecto, afectando os trabalhos de adaptação do túnel ao MetroBus.
De acordo com a Infraestruturas de Portugal (IP), a descoberta implica ajustamentos no desenho do túnel de forma a assegurar a preservação da ponte. Apesar dos atrasos esperados naquela zona, a IP garantiu que a conclusão da obra no troço entre a Portagem e Coimbra-B não será comprometida.
A ponte em arco agora identificada poderá também interferir no projecto urbanístico da futura estação intermodal, concebido pelo arquitecto Joan Busquets. A IP revelou que a equipa de Busquets já foi informada do achado, sendo provável que sejam necessários ajustes na solução prevista para a passagem inferior integrada no plano de pormenor da estação.
A decisão sobre o destino e preservação do monumento caberá à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e à Câmara Municipal de Coimbra, entidades responsáveis por avaliar a relevância histórica da ponte.
O Sistema de Mobilidade do Mondego prevê ligar Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã com autocarros eléctricos em via dedicada, substituindo a antiga linha ferroviária. Como parte deste projecto, a estação de Coimbra-A será encerrada no início de 2025, marcando o fim da ligação ferroviária directa entre as duas principais estações da cidade.
Apesar das dificuldades, a Metro Mondego e as entidades envolvidas reforçam o compromisso de integrar este achado no património da cidade, garantindo a continuidade do projecto de modernização.