Coimbra  26 de Janeiro de 2025 | Director: Lino Vinhal

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Assembleia Municipal aprova Orçamento da Câmara de Coimbra para 2025

19 de Dezembro 2024 Jornal Campeão: Assembleia Municipal aprova Orçamento da Câmara de Coimbra para 2025

A Assembleia Municipal de Coimbra aprovou o Orçamento camarário para 2025, de quase 250 milhões de euros, depois do PS, que votou contra em reunião do Executivo, o ter deixado passar neste órgão onde está em maioria.

O Orçamento da Câmara Municipal de Coimbra para 2025 foi viabilizado com 24 votos a favor (21 da coligação Juntos Somos Coimbra, dois do PS e um do Chega), 23 abstenções (18 do PS e cinco da CDU) e dois votos contra do movimento Cidadãos por Coimbra.

A aprovação ocorreu ao final da tarde desta quinta-feira em sessão da Assembleia Municipal, onde a Juntos Somos Coimbra – coligação pela qual foi eleito, com maioria absoluta, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva – não está em maioria.

A Assembleia Municipal de Coimbra é constituída por 22 eleitos do PS (12 deputados e 10 presidentes de Junta), 21 da coligação Juntos Somos Coimbra (15 deputados e seis presidentes de Junta), cinco elementos da CDU, dois do movimento Cidadãos por Coimbra (CpC) e um do Chega.

No final de Novembro, a proposta de Orçamento para 2025 tinha sido aprovada em reunião do Executivo municipal, com os votos favoráveis da coligação Juntos Somos Coimbra, abstenção da CDU e contra do PS.

Na sessão da Assembleia Municipal desta tarde, a CDU, que se absteve na votação, criticou a incapacidade do Executivo municipal para encontrar soluções para que os preços das habitações não aumentem e as pessoas não “fujam” para a periferia.

Segundo Pinto Ângelo, da avaliação feita aos documentos, os eleitos da CDU entendem que os traços prioritários não satisfazem as orientações fundamentais para o desenvolvimento do concelho de Coimbra. “São intenções manifestamente insuficientes para merecer o voto favorável da CDU, que se abstém”, indicou.

Já a eleita do movimento Cidadãos por Coimbra, Graça Simões, considerou que o concelho se mantém estagnado, aludindo a uma incapacidade e inoperância que faz com que “a cidade continue a morrer por dentro”. “Este Executivo mostra diferenças, que faz o que os outros não faziam”, no entanto, acusa os “vendedores de novidades” de se esquecerem do que é “ser mesmo de Coimbra”.

Na sua intervenção, a eleita do CDS-PP Margarida Pocinho considerou que o Orçamento e Grandes Opções de Plano foram construídos para promover o desenvolvimento do concelho de Coimbra.

Já o presidente da Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, o social-democrata José Rodeiro aproveitou para realçar os investimentos previstos em habitação social e casas de renda acessível. “É revelador da grande preocupação social da Câmara Municipal de Coimbra”, indicou, realçando ainda os investimentos na área da Educação.

Por sua vez, o eleito do PS, Ferreira da Silva, defendeu que este “é um Orçamento muito mau para Coimbra”, acusando o actual Executivo de causar o caos neste concelho.

“O Orçamento municipal de 2025 é nefasto para Coimbra, porque a sustentabilidade dos cofres municipais poderá estar em causa, havendo um risco sério de comprometer o progresso de Coimbra e a acção dos mandatos seguintes. O PS abstém-se nestas folhas de papel a que a Câmara chama Orçamento”, concluiu.