A Unidade Local de Saúde do Baixo Mondego assinou protocolos de colaboração para a Plataforma Clínica-Social com sete estruturas residenciais para pessoas idosas (ERPIs), do concelho da Figueira da Foz.
Recorde-se que a Misericórdia-Obra da Figueira da Foz foi a primeira instituição a aderir e a assinar o protocolo, com a inscrição de dois lares (Santo António e Silva Soares), a que se seguem agora mais sete ERPIs do concelh.
Prevê-se, segundo disse aos jornalistas Ana Raquel Andrade, presidente doCconselho de Administração da ULSBM | Hospital Distrital da Figueira da Foz, que “num futuro breve este protocolo se estanda às ERPIs dos concelhos de Soure e Montemor-o-Velho”.
A cerimónia realizou-se no auditório da ULSBM | Hospital Distrital da Figueira da Foz, onde esteve presente a Misericórdia Obra da Figueira, que já tinha aderido a esta iniciativa.
Agora, o documento foi subscrito por mais sete entidades: Lar das Margaridas, Lar de Nossa Senhora da Encarnação (Cáritas); Centro Social dos Carvalhais de Lavos; Residência 4 Sóis; Casa do Povo de Quiaios; Casa Flor do Limonete; e Atthis Residência Senior.
Com estas adesões, o concelho da Figueira da Foz fica com uma cobertura aproximada de 475 camas, cerca de 76% das ERPIs.
A finalidade é a integração de dados clínicos e sociais, acessíveis pelas diversas entidades de prestação de cuidados de saúde que visa, segundo a presidente do Conselho de Administração hospitalar, Ana Raquel Andrade, “potenciar múltiplas melhorias na prestação de cuidados de saúde e de cuidados sociais aos utentes” como sejam, a redução do número de admissões nos hospitais e a melhoria na experiência do utente no acesso aos cuidados.
Ana Raquel Andrade defende a existência de uma infra-estrutura de tecnologia de informação e adopção de registos electrónicos sociais e de saúde partilhados e interoperáveis, que permita a recolha, análise e partilha de dados entre os prestadores de cuidados, fundamental para ter uma visão clínico-social integrada.
“Uma plataforma digital de acesso pelos diferentes prestadores de cuidados permitiria dar resposta às necessidades de colaboração entre as entidades que têm processos interdependentes no cuidado dos utentes, nomeadamente os processos de alta clínica e social e respectiva prestação de apoio social ao utente, quando este não possui as condições para efectuar o seu tratamento independente”, referiu.
Foi esta a razão que levou a ULSBM a desenvolver uma plataforma tecnológica de sinalização e partilha de informação sumária de estados de saúde, de funcionalidade e avaliação de necessidades sociais, denominada “Plataforma de Integração Clínica-Social”, cujos objectivos é assegurar os melhores cuidados aos utentes, principalmente aqueles com necessidades especiais, permitindo a recolha, análises e partilha de dados entre os prestadores de cuidados.
Com esta plataforma a funcionar em pleno, muitos dos utentes deixam de ir às urgências, dispondo esta plataforma de uma vasta equipa especializada que estará sempre atenta a dar respostas às situações, evitando deslocações desnecessárias.