Especialistas debateram adaptação às alterações climáticas na Figueira da Foz

Na manhã de sexta-feira, 13 de Dezembro, o Auditório Madalena Biscaia Perdigão, na Figueira da Foz, acolheu a abertura do 3.º Congresso de Adaptação às Alterações Climáticas da Região de Coimbra. A sessão contou com intervenções de figuras de relevo como Emílio Torrão, presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM RC), Amílcar Falcão, Reitor da Universidade de Coimbra (UC), Emídio Sousa, secretário de Estado do Ambiente, e Pedro Santana Lopes, presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz (CMFF).

Organizado pela CIM RC em parceria com a CMFF e a UC, o evento pretendeu debater os desafios e oportunidades relacionados com as alterações climáticas, reunindo especialistas nacionais e internacionais das áreas técnica, científica e política.

Durante a sessão de abertura, Emílio Torrão sublinhou o compromisso da região em enfrentar os desafios climáticos com inovação, destacando a colaboração essencial entre ciência e sociedade. Segundo o responsável, “este congresso é uma oportunidade para explorar soluções práticas adaptadas às especificidades locais”. Emílio Torrão também expressou satisfação com o regresso do projecto ClimAgir, considerado crucial na educação ambiental e na promoção de boas práticas junto das comunidades jovens.

Amílcar Falcão, por sua vez, reforçou a ligação da UC às questões climáticas, mencionando que o Campus da Universidade na Figueira da Foz foi concebido com foco nestes desafios. O Reitor apontou problemas como a erosão costeira e a alteração da temperatura da água do mar, alertando para a necessidade de pensar soluções a longo prazo.

Já Emídio Sousa destacou o empenho do Governo em promover a sustentabilidade ambiental, com investimentos previstos para a gestão integrada da paisagem e redução de emissões carbónicas. O secretário de Estado advertiu, no entanto, para os efeitos negativos das barragens na erosão costeira, apelando a uma acção coordenada e eficaz.

Pedro Santana Lopes aproveitou a ocasião para anunciar a abertura, em Fevereiro de 2025, de um centro de investigação dedicado ao estudo das correntes marítimas, movimentos de areias e alterações climáticas. O autarca afirmou que este será “o primeiro centro de investigação municipal focado em fenómenos marítimos”, sublinhando o contributo decisivo da Universidade de Coimbra neste esforço.

O congresso, que decorreu ao longo do dia, incluiu apresentações de especialistas reconhecidos, abordando estratégias de mitigação e adaptação que visam construir uma região mais resiliente aos desafios climáticos do futuro.