As recentes notícias sobre Coimbra e o Orçamento de Estado para 2025 trouxeram, finalmente, boas novas para a região.
A construção do novo Palácio da Justiça e da nova Maternidade parecem, finalmente, encaminhadas, representando uma mudança de atitude e determinação por parte do Governo da Aliança Democrática. Após anos de indecisões e recuos sob a governação socialista, estas novidades demonstram um compromisso em responder às necessidades reais da cidade e da Região Centro.
A nova Maternidade é mais do que um projeto desejado. Trata-se de uma necessidade urgente e há muito reconhecida. Com 45 milhões de euros reservados no Orçamento e o concurso público previsto para Fevereiro de 2025, finalmente parece haver um fim à vista para o ciclo de adiamentos que o projecto viveu para prejuízo dos habitantes da região.
Quanto ao Palácio da Justiça, que segundo a imprensa regional avançará no terreno adjacente ao actual edifício na Rua da Sofia, trata-se de um alívio ver que os anos de incerteza e de dependência de instalações inadequadas poderão vir a ser superados.
Se é justo reconhecer o papel do Governo na condução destes projectos, também o é sublinhar a determinação e o trabalho decisivo de José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal de Coimbra.
Estes avanços marcam um contraste evidente com a governação socialista dos últimos anos, período marcado por um infindável ciclo de promessas adiadas e avanços ilusórios. Agora, Coimbra parece, finalmente, estar a receber a atenção que merece e essa mudança deve ser aplaudida.
Ainda assim, o atraso a que a cidade e a região foram condenadas nos últimos anos não se resolverá apenas com estas duas obras. Para que Coimbra cresça de forma consistente e reforce o seu papel central no desenvolvimento nacional, é essencial olharmos mais além e focarmos as nossas atenções no garantir da execução dos projectos mencionados mas, também, no projectar de outros investimentos preponderantes para o nosso futuro.
Entre várias prioridades a elencar, destaco duas obras fundamentais. O alargamento da rede MetroBus à margem sul de Coimbra e a concelhos como Cantanhede e Condeixa-a-Nova, para criar uma verdadeira zona metropolitana; e a conclusão da ligação da A13 ao IP3, vital para conectar o Pinhal Interior Norte, Coimbra e o norte do país de forma eficiente.
Estes investimentos são indispensáveis para eliminar os constrangimentos de mobilidade que limitam o desenvolvimento económico das empresas, prejudicam a competitividade regional e perpetuam desigualdades territoriais. Uma rede integrada de transportes e acessibilidades com qualidade é um dos alicerces para criar condições de crescimento sustentável e diminuir as assimetrias na Região Centro.
O Orçamento de Estado para 2025 traz assim motivos para optimismo e esperança, mas este é apenas o começo. Construir uma região de Coimbra mais forte, integrada e competitiva exige ambição, determinação e, sobretudo, continuidade no investimento em projectos estruturantes.
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(*) Advogado e Gestor