Coimbra  13 de Dezembro de 2024 | Director: Lino Vinhal

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Câmara e ULS desmentem alegada privatização do Hospital de Cantanhede

22 de Novembro 2024 Jornal Campeão: Câmara e ULS desmentem alegada privatização do Hospital de Cantanhede

A Câmara de Cantanhede e a Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra vieram desmentir o presidente da Concelhia do PS que referiu estar o Hospital João Crisóstomo num “processo de privatização encapotada”.

Para a Câmara Municipal de Cantanhede, “a criação de um Centro de Atendimento Clínico no Hospital Arcebispo João Crisóstomo (HAJC) visa melhorar os cuidados que o Serviço Nacional de Saúde presta à população”. “Ao garantir o atendimento de doentes agudos em proximidade, serviço que será activado através da Linha SNS 24, a Câmara Municipal de Cantanhede vê cumprida uma reivindicação antiga, ou seja, a criação de uma alternativa à Consulta Aberta, que nunca funcionou como devia por falta das condições que o Ministério da Saúde se comprometeu a criar no protocolo que celebrou Município de Cantanhede para sustentar politicamente o encerramento da urgência em 2007”, refere a autarquia presidida por Helena Teodódio.

Já a ULS de Coimbra, presidida por Alexandre Lourenço e onde o Hospital de Cantanhede está integrado, refere que “não há qualquer intenção de cedência, privatização ou alteração do modelo de gestão desta unidade hospitalar” e “qualquer afirmação ou especulação em sentido contrário é completamente infundada e desprovida de verdade”.

Em causa está a opinião expressa por Sérgio Negrão, líder concelhio do PS de Cantanhede, o qual referiu que “a decisão de implementar, no HAJC, um Centro de Atendimento Clínico com um médico e um enfermeiro, contratados pela Santa Casa da Misericórdia de Cantanhede (SCMC) em articulação com a ULS de Coimbra, pode levar a que o hospital entre num processo de privatização”.

A Câmara de Cantanhede lamenta que “o PS/Cantanhede venha agora, suportado em argumentos desfasados da realidade, criar ruído em torno da criação de um Centro de Atendimento Clínico, que constituirá uma resposta efectiva nos cuidados de saúde de proximidade a prestar à população”.

O Município recorda que o acordo para o funcionamento de uma Consulta Aberta celebrado em 24 de Fevereiro de 2007 com o Ministério da Saúde, à data sob a liderança de um Governo PS, nunca foi “integralmente cumprido”, assim como é “mais incompreensível ainda o facto de, em 2019, o Ministério da Saúde, também à data na vigência de um Governo PS, ter encerrado a Consulta Aberta, o que de resto suscitou a oposição de todas as forças políticas locais contra o inaceitável desrespeito do acordo estabelecido”.