A Câmara de Coimbra aprovou, com uma abstenção da CDU, um parecer não vinculativo favorável ao projecto da nova Maternidade da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra, mas apontou condicionantes.
No parecer não vinculativo levado esta segunda-feira à reunião do Executivo, a Câmara de Coimbra apresenta várias condicionantes ou sugestões de alteração do projecto, nomeadamente a dimensão da área afecta a serviços (cargas e descargas) e uma redução do número de estacionamentos propostos para o piso 0 e um aumento do número de lugares em cave, para “libertar mais espaço publico disponível no exterior para funções de área verde, permanência e de estar e lazer e, assim a melhorar a vivência do local”.
Na discussão do parecer, a vereadora com o pelouro do urbanismo da Câmara de Coimbra, Ana Bastos, esclareceu que o parecer não vinculativo face ao “novo Simplex urbanístico”, em que projectos públicos já não carecem de parecer prévio.
A vereadora referiu ainda que os acessos à futura Maternidade estão a ser estudados pelo Município, em coordenação com a Universidade de Coimbra e com a ULS.
No documento a que a agência Lusa teve acesso, é referido que o novo edifício se integra na “malha ortogonal existente” nos Hospitais da Universidade de Coimbra, sendo propostos dois edifícios retangulares, separados por pátios que se interligam.
O projecto prevê um total de 262 lugares de estacionamento para automóveis, 25 para motociclos e 20 para bicicletas.
O topo do edifício mais baixo será ajardinado, com o Município a sugerir que haja um projecto de exteriores, de modo que essa cobertura possa também ser dotada de percurso e zona de estar ou lazer para funcionários e utentes.
Recentemente, em entrevista à Rádio Regional do Centro e ao “Campeão”, o presidente da ULS de Coimbra afirmou que o concurso para a construção da nova Maternidade deverá ser lançado em Fevereiro de 2025, prevendo um investimento superior a 55 milhões de euros.
A novaM, que será construída no perímetro dos Hospitais da Universidade de Coimbra, é há muito reclamada na região, tendo sofrido vários atrasos ao longo do tempo (em 2021, chegou a ser apontada a sua inauguração para 2024, e, em 2023, esperava-se que o concurso pudesse ser lançado no primeiro trimestre de 2024).