Coimbra  13 de Dezembro de 2024 | Director: Lino Vinhal

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Hospital de Miranda do Corvo abre em 2025 unidade de cuidados paliativos

8 de Novembro 2024 Jornal Campeão: Hospital de Miranda do Corvo abre em 2025 unidade de cuidados paliativos

O Hospital Compaixão, localizado em Miranda do Corvo, vai inaugurar em 2025 uma unidade de cuidados paliativos com capacidade para 20 camas, destinada a apoiar a população da zona do Pinhal Interior. O anúncio foi feito hoje por Jaime Ramos, presidente da Fundação ADFP (Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional), entidade proprietária do hospital.

A declaração surgiu após o cancelamento de uma visita da ministra da Saúde, prevista para esta manhã, devido a uma indisposição durante a viagem. Segundo Jaime Ramos, a visita tinha como objectivo apresentar à ministra as “potencialidades do Hospital Compaixão” e a possibilidade de cooperação com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) em áreas como cirurgias, consultas e atendimento complementar.

Jaime Ramos destacou a importância de um acordo de cooperação com o SNS, o que permitiria ao hospital contribuir para reduzir as listas de espera em várias especialidades e oferecer serviços de consultas externas e atendimento permanente, “evitando deslocações desnecessárias” às urgências. O objectivo, segundo o responsável, é melhorar a qualidade de vida da população do Pinhal Interior e aliviar a pressão sobre as urgências dos Hospitais da Universidade de Coimbra.

O presidente da Fundação ADFP sublinhou que o Hospital Compaixão, em funcionamento desde 2019, nunca obteve apoio do SNS, criticando a gestão do Governo socialista de António Costa, que “não deu oportunidades de diálogo” e optou por montar hospitais de campanha durante a pandemia, em locais próximos, como Lousã, em vez de utilizar o hospital de Miranda do Corvo.

Jaime Ramos lamentou ainda que doentes do Pinhal Interior tenham sido enviados para Albergaria-a-Velha para internamento, em vez de serem tratados no Hospital Compaixão, a preços elevados e longe das famílias. “O SNS gastava dinheiro e tratava as pessoas de forma desumana, impedindo visitas familiares a mais de 100 quilómetros”, afirmou, acrescentando que essa situação começa agora a ser alterada.

Além da unidade de cuidados paliativos, o presidente da Fundação ADFP anunciou a requalificação do antigo Hospital da Misericórdia da Lousã, adquirido em 2023, onde será instalada uma unidade de cuidados continuados, com abertura prevista também para 2025.