O custo de acesso à habitação em Portugal continua a subir, com a taxa de esforço para adquirir ou arrendar casa a aumentar na maioria das capitais de distrito, segundo dados do portal Idealista. Em média, uma família portuguesa precisa de destinar 69% do seu rendimento para comprar casa, e 84% para arrendar, valores significativamente acima do limite recomendado de 33%.
Das 20 capitais de distrito analisadas, Ponta Delgada destacou-se com a maior subida na taxa de esforço para arrendar, aumentando 18 pontos percentuais (p.p.) em relação ao ano passado, de 52% para 70%. Outras cidades que registaram aumentos foram Bragança (10 p.p.), Faro (7 p.p.) e Lisboa (4 p.p.), entre outras. Actualmente, Lisboa é a cidade onde o arrendamento mais pesa no orçamento familiar, com 91% do rendimento comprometido, seguida pelo Funchal (89%) e Faro (75%).
Por outro lado, Portalegre e Castelo Branco são as únicas capitais onde a taxa de esforço para arrendar está abaixo dos 33%, com valores de 28% e 31%, respectivamente.
Para a compra de habitação, o esforço exigido também subiu em várias cidades. Lisboa e o Funchal lideram a lista com taxas de esforço de 101% e 105%, respectivamente, seguidas por Faro (99%) e Porto (74%). Em contraste, cinco capitais de distrito mantêm taxas de esforço abaixo do recomendado, nomeadamente Bragança (32%), Beja (23%), Portalegre (21%), Castelo Branco (21%) e Guarda (19%).