Quatro dezenas de eventos compõem a programação do ciclo de música Orphika, que vai animar diversos espaços da cidade de Coimbra entre os dias 8 de Novembro e 8 de Dezembro.
“Três quartos da programação é direccionada para o próprio espectáculo em si, que neste caso são essencialmente concertos, mas não unicamente, e depois um quarto para a vertente de diálogo maior com o público”, afirmou esta segunda-feira o vice-reitor da Universidade de Coimbra (UC) para a Cultura, Comunicação e Ciência Aberta, Delfim Leão.
Durante a apresentação do programa da sexta edição do ciclo de música Orphika, que decorreu no auditório II do ‘Student Hub’ da UC, Delfim Leão indicou que há espectáculos de diferentes estilos musicais.
Com concertos distribuídos por diversos espaços de Coimbra, a ideia é “ver a cidade como um palco”, acrescentou. A sexta edição da iniciativa conta com um programa que “convoca muitos meses de trabalho e anos de experiência dos grupos que aqui estão”.
O ciclo de música Orphika arranca no dia 8 de Novembro, com “Não vamos inventar a roda”, espectáculo do Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra (GEFAC) que agrega música, dança e teatro e que resulta de quase um ano de trabalho sobre o tema da “roda”, a decorrer no Teatro de Bolso do TEUC (Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra).
Já no dia 17 de Novembro, o auditório do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra irá receber o espectáculo interpretado pela Orquestra de Tangos e pela Orquestra dos Antigos Tunos da UC, “Classic Tango”.
Outra das actividades previstas é o musical para crianças “Voz da alma”, no Instituto Português do Desporto e Juventude, a 23 de Novembro.
No dia 7 de Dezembro, o Atelier A Fábrica recebe “Viva Carmen Miranda Viva”, enquanto o Pavilhão Centro de Portugal acolhe “MisaTango”, obra composta pelo argentino Martín Palmeri que será interpretada pelo Ensemble de cordas da Orquestra Clássica do Centro, o Coro Coimbra Vocal, a soprano Lara Martins e João Gentil no bandoneon, dirigidos por Sergio Alapont.
Um dos espectáculos destacados por Delfim Leão é o fotoconcerto “Som”, na antiga Pedreira de Ançã, onde, através da projeção de imagens, acompanhadas de música, o público é convidado “a um tipo de imersão um pouquinho diferente”.
Por ser um projecto ao ar livre, o mau tempo poderia fazê-lo “desaparecer”, sendo este “um risco agressivo” e a razão pela qual ainda não há uma data definida para a sua realização.
O vice-reitor da UC para a Cultura, Comunicação e Ciência Aberta evidenciou ainda o concerto que encerra o ciclo, “Sons da Lusofonia”, no qual será feita uma homenagem à vida e à obra de José Afonso, Carlos Paredes e Fausto Bordalo Dias, no Teatro Académico de Gil Vicente.
Muitos dos concertos que compõem o programa do ciclo de música Orphika, organizado pela UC, têm entrada gratuita, por vezes sujeita a reserva, havendo, entretanto, alguns espectáculos pagos.
Este “é um ciclo que se tem vindo a afirmar de uma forma muito natural, em termos de programação, estabilidade e capacidade de atrair parceiros”, além de contar com a presença de muitos espectadores, destacou.
Imagem: Universidade de Coimbra / DCOM