O livro “Memórias seculares da família Lebre”, cujos autores são o jornalista Casimiro Simões e o advogado luso-brasileiro Paulo Aparecida Lebre, é lançado no Brasil, com sessões em São Paulo e Santos, nos dias 3 e 5 de Novembro, respectivamente.
Casimiro Simões, que trabalha na Delegação do Centro da Agência Lusa, escreveu uma reportagem para a obra, editada em São Paulo, com o título “Os Lebre não morrerão por esquecimento”, e coordenou a sua produção, coadjuvando o jurista e empresário Paulo Lebre, que durante 35 anos investigou as origens e os percursos dos seus antepassados nos últimos séculos, entre Portugal e o Brasil.
Oriundos de Vale de Colmeias e Chãs, lugares da antiga freguesia de Semide, no concelho de Miranda do Corvo, vários Lebre emigraram no século XIX para o grande país lusófono da América do Sul.
O primeiro a partir, com 15 anos, foi o marchante Victorino Francisco Henriques Lebre, tio-bisavô de Paulo Lebre, que em 1867 esteve com o lousanense João Montenegro na fundação da colónia agrícola Nova Louzã, no interior do estado de São Paulo.
Além de corresponder ao esforço do genealogista Paulo Lebre para perpetuar a história dos ancestrais, a edição de “Memórias seculares da família Lebre – Do limiar em Portugal à contemporaneidade no Brasil” assinala os 200 anos do nascimento do Comendador Montenegro, na Lousã, em 1824.
Ao instalar a sua fazenda no município de Espírito Santo do Pinhal, o humanista e produtor de café rodeou-se de dezenas de trabalhadores livres, maioritariamente seus conterrâneos, muitos deles camponeses da Serra da Lousã, numa época em que a escravatura ainda não fora abolida no Brasil.
“Casimiro Simões entrevista o coautor Paulo Lebre, também protagonista desta história, que há décadas, com afecto, trabalha para que os vindouros possam colher os frutos sãos de uma árvore genealógica robusta”, lê-se na contracapa.
O livro, a cores e com 200 páginas, contou com a participação de mais dois profissionais da Lousã: o cartunista Carlos Sêco concebeu a capa, enquanto Mariana Domingos assegurou a paginação.
A sessão em São Paulo, no domingo, às 13h00, é um pré-lançamento destinado especialmente a amigos próximos e membros da família Lebre residentes em diferentes cidades doBrasil. Estão previstas intervenções dos autores e da historiadora brasileira Sónia Maria de Freitas, que em Junho, na Lousã, proferiu uma conferência comemorativa dos 200 anos do nascimento de João Elisário de Carvalho Montenegro.
Em Santos, a apresentação no Centro Cultural Português, às 16h00, com a presença do presidente da instituição e membro do Conselho das Comunidades Portuguesas, José Duarte Alves, tem entrada livre, sendo dirigida sobretudo às comunidades lousanense e mirandense da Baixada Santista.