Coimbra  10 de Novembro de 2025 | Director: Lino Vinhal

Semanário no Papel - Diário Online

 

Associações Académicas aprovam novo modelo de votação no ENDA em decisão histórica

29 de Setembro 2024 Jornal Campeão: Associações Académicas aprovam novo modelo de votação no ENDA em decisão histórica

As Associações Académicas Portuguesas aprovaram, no passado dia 27 de Setembro, uma alteração histórica ao modelo de votação do Encontro Nacional de Direcções Associativas (ENDA), durante uma reunião extraordinária em Évora. A decisão, que foi apoiada pela maioria das associações, implementa um sistema de voto duplo que combina o voto unitário e o voto proporcional, garantindo maior justiça e representatividade nas decisões do movimento estudantil.

Com este novo modelo, as posições políticas discutidas no ENDA passarão a ser decididas tanto por um voto unitário – em que cada associação tem um voto – como por um voto proporcional, que reflecte o número de estudantes representados por cada associação. Esta mudança surge após anos de reivindicações para corrigir as disparidades criadas pelo anterior sistema, que favorecia as associações de maiores universidades, como a Universidade do Porto, que sozinha representava 35 mil estudantes, comparado com as cerca de 100 mil representadas por todas as outras Associações Académicas Portuguesas.

As associações consideram que esta alteração marca um novo paradigma no diálogo e cooperação entre as estruturas do Ensino Superior, eliminando desequilíbrios que beneficiavam interesses particulares e distantes das reais necessidades dos estudantes. O objectivo agora, afirmam, é garantir que as decisões sejam mais democráticas e inclusivas.

O Conselho de Associações Académicas Portuguesas destacou ainda o papel essencial da Federação Académica de Lisboa (FAL) e da Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico (FNAEESP) na concretização deste avanço, elogiando a postura de diálogo e cooperação entre as várias entidades.

Esta alteração no regimento do ENDA é vista como um passo decisivo para reforçar a defesa dos interesses dos estudantes do Ensino Superior em Portugal, promovendo uma maior união e justiça nas deliberações do movimento associativo.