O lar residencial da CerciMira – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Mira vai ser ampliado com um investimento que ultrapassa o meio milhão de euros, revelou ontem o director executivo da organização.
Em declarações à agência Lusa, Nuno Castelhano explicou que as obras a realizar preveem a construção de um edifício anexo ao que já existe, com cinco novos quartos duplos e uma sala polivalente.
“Actualmente temos capacidade para 17 pessoas, mas passaremos a ter capacidade para 30. É a lotação máxima que as respostas de lar residencial, para pessoas com deficiência, podem ter”, informou.
De acordo com Nuno Castelhano, o projeto neste concelho do distrito de Coimbra prevê ainda a construção de uma lavandaria adequada e de um passadiço exterior de ligação, que permitirá aceder às salas polivalentes, sem passar pelos quartos.
“Implica ainda uma intervenção no edifício existente, com a reconversão de algumas casas de banho”, acrescentou.
O anúncio de procedimento para a alteração e ampliação do lar residencial foi publicado na terça-feira em Diário da República.
Segundo o anúncio de procedimento, a empreitada tem um valor base na ordem dos 525 mil euros e um prazo de execução de um ano.
À Lusa, Nuno Castelhano disse ainda que este é um projecto que a CerciMira ambicionava executar há alguns anos, mas para o qual era difícil arranjar linhas de financiamento público.
“Esta é uma necessidade que a instituição tem vindo a sentir de uma forma cada vez mais acentuada, ao longo dos tempos, por isso, decidimos avançar com meios próprios: com a nossa capacidade própria de investimento”, esclareceu.
Para além do lar residencial, a cooperativa tem ainda outras respostas sociais dirigidas a pessoas com deficiências e incapacidades, da zona dos concelhos de Mira, Cantanhede e Vagos.
“Temos ainda um centro de actividades e capacitação para a inclusão que apoia 90 pessoas e vamos tendo também projectos de qualificação de pessoas com deficiência e incapacidade, ou seja, de formação profissional e inclusão no mercado de trabalho, onde vão estando uma média de 40 pessoas em cada projecto”, concluiu.