A percentagem de cidadãos da região Centro globalmente satisfeitos com a sua vida (73%) aumentou em 2024 comparativamente a 2023, de acordo com um inquérito promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).
O estudo de opinião concluiu que 11,1% dos residentes estão “muito satisfeitos”, 61,9% “satisfeitos”, 20,5% “não muito satisfeitos” e 6,5% “nada satisfeitos”, destacando-se o aumento da quota dos indivíduos “muito satisfeitos” e dos “satisfeitos” e a diminuição das quotas dos “não muito satisfeitos” e “nada satisfeitos”.
Os entrevistados globalmente satisfeitos em 2023 eram de 67,5%.
“Em 2024, a percentagem de residentes satisfeitos na região Centro aproximou-se à média dos cidadãos europeus (86%), obtida pelo Eurobarómetro (inquérito realizado à escala europeia), invertendo a tendência de divergência que se tinha vindo a verificar desde Julho de 2021”, salienta a CCDRC.
A nota refere que este foi o quarto melhor resultado das dez edições deste inquérito realizado para a região Centro (apenas superado nos anos de 2021, 2019 e 2017).
De acordo com o inquérito de 2024, os homens continuam mais satisfeitos do que as mulheres e os mais jovens estão globalmente mais satisfeitos do que os mais velhos, os activos mais satisfeitos do que os inactivos e que o grau de satisfação é tendencialmente maior nas profissões mais qualificadas.
Na recolha deste ano, os quadros superiores, os quadros médios e os profissionais liberais revelaram-se os mais satisfeitos com a sua vida, enquanto os mais insatisfeitos eram os trabalhadores não qualificados e os operários especializados.
“O grau de satisfação tem também propensão a aumentar quanto mais elevadas forem as habilitações escolares dos inquiridos. Nesta edição, os indivíduos com licenciatura ou mestrado/pós-graduação/doutoramento eram os mais satisfeitos e os residentes analfabetos, que apenas sabem ler e escrever ou que concluíram o 1.º ciclo do ensino básico, os mais insatisfeitos”, especifica a CCDRC.
Segundo o inquérito, entre os principais motivos de satisfação destacam-se a qualidade de vida e ter um nível de vida estável, a vida familiar e a saúde.
Quanto aos três principais factores que os jovens dos 21 aos 34 anos mais valorizam para se fixarem num território foram apontados a segurança (20,3%), seguida da proximidade à família e amigos (17,3%) e o acesso à saúde e educação (15,6%).
No que respeita aos motivos de insatisfação, as dificuldades financeiras/custo de vida elevado, os problemas de saúde e as remunerações e reformas baixas foram os três principais factores apontados pelos inquiridos.
O inquérito da CCDRC foi realizado entre os dias 4 e 17 de Julho, tendo sido entrevistadas 522 pessoas com 15 ou mais anos de idade, via online e por telefone, com um erro de 4,29 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%.