Decorreu no sábado. na Praça 8 de Maio, a habitual cerimónia de homenagem a Manuel Fernandes Tomás, um compromisso assumido pelo Município da Figueira da Foz, que tem sido cumprido, de forma ininterrupta, há meio século.
A cerimónia teve início ao som da Marcha do Vapor, interpretada por Ana Maria Trindade (voz), João Costa (flauta transversal) e Pedro Santos (piano), da Associação Pequenas Vozes da Figueira da Foz. De seguida procedeu-se à deposição de uma coroa de flores junto ao túmulo de Manuel Fernandes Tomás e cumpriu-se um minuto de silêncio.
Seguiram-se as intervenções de António Ambrósio, em representação do Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL) – Maçonaria Portuguesa, Fernando Cabecinha; Rui Miguel Cruz, presidente da Associação Cívica e Cultural 24 de Agosto; Fernando Cardoso, presidente da Associação Manuel Fernandes Tomás, e Pedro Santana Lopes, presidente da Camara Municipal da Figueira da Foz.
As intervenções deram ênfase ao papel de Manuel Fernandes Tomás, “venerando nome da história contemporânea portuguesa”, e à importância de a “Figueira da Foz, berço deste grande homem”, continuar a “reconhecer e a celebrar sempre” o seu “contributo inestimável” para a “liberdade e para a construção de uma nação mais digna.”
O presidente da Câmara Municipal, Pedro Santana Lopes, fez questão de “sublinhar o que é seguir o percurso deste símbolo maior da Pátria e da Figueira da Foz, nomeadamente”. “Nos dias de hoje é defender novamente as liberdades e garantias dos cidadãos.”, frisou.
“O combate deste homem que aqui jaz pode ser continuado por todos nós, à medida da nossa pequenez, face à dimensão do legado que ele nos deixou”, enfatizou Pedro Santana Lopes que se mostrou grato a Manuel Fernandes Tomás, cujo legado considera que devemos continuar a honrar e que cujo exemplo gostaria “que frutifique nos nossos descendentes, por muitos anos, décadas e séculos”.
A cerimónia contou com a presença de entidades civis, militares e religiosas, bem como as guardas de honra dos Bombeiros Sapadores Municipais e dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz.
Após a homenagem a Manuel Fernandes Tomás, a maioria dos convidados e do público presente deslocou-se para o Parque das Abadias, onde decorreu a inauguração de uma peça escultórica simbólica, uma iniciativa da Associação Cívica e Cultural 24 de Agosto.
A peça, “uma pedra esculpida com um delta radiante, duas ramas de oliveira cruzadas e o nome «A Árvore da Vida», instalada junto ao Busto de homenagem ao maçon Dr. António dos Santos Rocha, patrono do Museu Municipal Santos Rocha e ilustre figueirense, é, de acordo com a entidade promotora, “um símbolo do perpetuar a memória de homens e mulheres livres e de bons costumes que trabalharam para desenvolver na Figueira da Foz e nos figueirenses os valores da Liberdade, Igualdade, Fraternidade e Tolerância”.
Esta homenagem “é personificada no espírito e na memória de Mário Neto, elo muito significativo numa cadeia que une e identifica quem é reconhecido como livre e de bons costumes”. Mário Neto foi engenheiro, professor, activista político, membro do GOL e da Loja Fernandes Tomás, nº 495, onde tinha o nome simbólico Amadeus, M.M.