O Mercado Municipal D. Pedro V, em Coimbra, acolhe no sábado (24) um evento cultural para celebrar o Dia da Independência da Ucrânia, com diversas actividades artísticas e comidas tradicionais.
Organizado pela comunidade ucraniana de Coimbra, com o apoio da Câmara deste município, o evento decorre no sábado, data em que se assinala a Independência da Ucrânia, com actividades a partir das 11h00 e até às 23h00.
Intitulada “O Coração da Ucrânia em Coimbra”, a iniciativa conta com uma programação que remete à cultura deste país, com comida tradicional, artesanato e actuações artísticas, além de tatuagens, ‘workshops’ e um espaço infantil.
“Será um evento agridoce, porque queremos celebrar, mas também não podemos estar a dançar e ser muito felizes quando temos a situação que temos na Ucrânia, com a guerra da Rússia em curso, então vamos ter lembranças da guerra”, afirmou a activista ucraniana e representante da comunidade ucraniana em Coimbra, Olga Filipova.
A programação conta com uma exposição fotográfica de um poeta e soldado ucraniano morto em combate, um documentário sobre os primeiros dias da guerra e uma experiência imersiva, com sons de sirenes e a recriação de situações de ataque aéreo.
Embora a iniciativa decorra ao longo de todo o dia, a abertura oficial do evento está marcada para as 15h30, momento que contará com a presença do presidente da CMC e de representantes da Embaixada da Ucrânia em Portugal.
“Vamos ter também uma ‘protest art’, um espaço onde vamos trazer todos os cartazes que levamos aos nossos protestos”, acrescentou Olga Filipova.
O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), José Manuel Silva, por sua vez, ao longo da conferência, cumprimentou os ucranianos “que estão a sofrer a agressão de um ditador fascista e imperialista, que pensa que pode, impunemente, invadir outros países”.
“Queria agradecer à Ucrânia por estar a defender a liberdade e a democracia na Europa, à custa do seu próprio território, que está a ser destruído, e das suas próprias vidas”, acrescentou.
O autarca defendeu ainda que a Ucrânia “merece mais ajuda do Ocidente” e que “o imperialismo russo” tem de ser travado, senão “ele continuará até chegar ao Atlântico”.
José Manuel Silva apelou ainda para a participação de todos no evento de sábado, que é de entrada gratuita.
Parte dos fundos arrecadados durante o evento será destinada à Associação Ucraniana VeraCausa, sediada em Coimbra, que apoia refugiados ucranianos, faz doações ao exército ucraniano e ajuda na reconstrução de áreas destruídas no país.