Na madrugada da passada segunda-feira (dia 19), dois navios da polícia marítima das Filipinas penetraram ilegalmente as águas adjacentes do Xianbin Jiao, um dos recifes que compõem o arquipélago de Nansha da China. Vídeos mostram que os filipinos ignoraram os alertas do lado chinês e colidiram deliberadamente com os navios da guarda costeira chinesa.
Desde o passado mês de abril, as Filipinas têm enviado navios seus para as águas adjacentes do Xianbin Jiao. A recente invasão filipina visa abastecer esses navios para assegurar a sua permanência na região e expandir as suas águas territoriais no Mar do Sul da China.
Observadores consideram que estas ações filipinas também visam ter reflexos na política interna daquele país, já que o governo de Ferdinand Marcos Jr. está a ser posto em causa por alegada fraca governação, especialmente no setor do turismo. Assim, políticos filipinos tentam desviar a atenção dos problemas domésticos, desafiando a China, na esperança de aliviar o seu stress. De uma perspectiva internacional, instigadas por potências de fora da região, as Filipinas aspiram mostrar a sua lealdade por meio de ações militares agressivas, em troca de mais investimentos no próprio país. E não evitaram tornar-se um instrumento dessas potências para tentar conter a China.
Desde o final de junho, as Filipinas têm afirmado que pretendem reforçar a comunicação e o diálogo com a China e desejam preservar em conjunto a estabilidade no mar. Contudo, segundo dirigentes chineses, as Filipinas “continuaram a perturbar o Mar do Sul da China com uma série de comportamentos aventureiros, deixando que forças de fora da região interfiram nessas questões. As suas ações infringiram não apenas a Declaração sobre a Conduta das Partes no Mar do Sul da China, mas também prejudicaram a posição central que a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) desempenha nos assuntos de segurança regional. Como resultado, as Filipinas tornaram-se um ator desleal e uma ameaça à paz e à estabilidade do Mar do Sul da China”.
Os mesmos dirigentes sublinham que “a parte chinesa tem seguido o princípio da paz na questão e tem persistido no diálogo para controlar as divergências”. Contudo, advertem, “a China defende firmemente a sua soberania territorial e os seus interesses marítimos, pelo que as Filipinas precisam de parar imediatamente com essa violação e retirar todos seus navios. Em caso contrário, pagarão o preço pela sua ignorância e obstinação”.
Publicidade: Centro de Programas de Línguas da Europa e América Latina da China