Entre Janeiro e Abril de 2024, foram registados 11.321 acidentes com vítimas no Continente e nas Regiões Autónomas, resultando em 137 vítimas mortais, 782 feridos graves e 13.139 feridos leves. Estes números representam uma evolução mista em relação aos anos de referência.
Comparando com 2019, utilizado como ano de referência pela Comissão Europeia para monitorizar as metas de redução de vítimas mortais e feridos graves até 2030, verificou-se uma redução de 43 vítimas mortais (-23,9%) e de 351 feridos leves (-2,6%). No entanto, o número de acidentes aumentou em 109 (+1,0%) e os feridos graves cresceram em 63 (+8,8%).
No Continente, registaram-se 10.850 acidentes, que resultaram em 135 vítimas mortais, 730 feridos graves e 12.614 feridos leves. Face ao período homólogo de 2014, todos os indicadores subiram, excepto o índice de gravidade, que baixou 15,9%, de 1,48 para 1,24.
Quando comparados com 2019, os primeiros quatro meses de 2024 registaram menos 14 vítimas mortais (-9,4%) e menos 336 feridos leves (-2,6%), mas houve um aumento de 88 feridos graves (+13,7%) e de 119 acidentes (+1,1%).
Em relação a 2023, o período em análise registou uma redução de 19 vítimas mortais (-12,3%), mas um aumento de 335 acidentes (+3,2%), 13 feridos graves (+1,8%) e 343 feridos leves (+2,8%). O índice de gravidade diminuiu 15,0%, de 1,46 para 1,24.
O tipo de acidente mais frequente foi a colisão, representando 52,0% dos acidentes, 43,0% das vítimas mortais e 44,4% dos feridos graves. Os despistes, que corresponderam a 33,0% dos acidentes, foram responsáveis por 44,4% das vítimas mortais.
O número de vítimas mortais dentro das localidades (71) superou o registado fora das localidades (64). No entanto, observou-se uma tendência decrescente em ambos os casos comparativamente a 2019 e 2023.
Quanto à via, 63,2% dos acidentes ocorreram em arruamentos, representando 30,4% das vítimas mortais. Nas estradas nacionais, registaram-se 19,8% dos acidentes, com 34,1% das vítimas mortais, enquanto nas auto-estradas houve uma redução de vítimas mortais e feridos graves em relação a 2019, mas um aumento em relação a 2023.
Em termos de fiscalização, foram controlados 77,6 milhões de veículos, um aumento de 73,0% face a 2023. Contudo, as infracções registadas diminuíram 6,4%, situando-se em 285,8 mil. A taxa de infracção baixou para 0,37%, uma redução de 45,9% em relação a 2023.
No que respeita à condução sob efeito de álcool, 633,8 mil condutores foram testados, resultando numa taxa de infracção de 1,3%, uma diminuição de 22,7% face ao ano anterior. A criminalidade rodoviária também diminuiu 43,2%, com 7,1 mil detenções, das quais 56,2% foram por condução sob o efeito de álcool.
Até Abril de 2024, cerca de 704,1 mil condutores perderam pontos na carta de condução, sendo que desde a entrada em vigor do sistema de carta por pontos, em Junho de 2016, 3.119 condutores viram o seu título de condução anulado.