A Assembleia Municipal da Figueira da Foz aprovou uma revisão orçamental da Câmara que permite inscrever cerca de 20 milhões de euros (ME) para a concretização de três grandes investimentos no concelho.
Na reunião extraordinária, na tarde de quarta-feira, com apenas um ponto na ordem de trabalhos, só o único elemento da CDU no órgão se absteve na votação da quarta revisão às Grandes Opções do Plano e ao Orçamento para 2024, que incluiu as verbas para a concretização da ponte Eurovelo, a construção de um pavilhão multiusos e a reabilitação da Rua da Liberdade.
A alteração orçamental proposta pelo Executivo de Pedro Santana Lopes, eleito pelo movimento Figueira a Primeira, foi assim viabilizado pela maioria socialista na Assembleia Municipal, que justificou o voto favorável com o facto de a ponte Eurovelo ser um projecto que transitou do anterior mandato liderado por Carlos Monteiro (PS).
A execução da ponte Eurovelo, a leste da cidade da Figueira da Foz, sobre o rio Mondego, entre as freguesias de Vila Verde, na margem direita, e Alqueidão, na margem esquerda, que esteve em risco de não ser construída por falta de condições financeiras, vai mesmo avançar.
Com um investimento na ordem dos oito milhões de euros, a nova travessia será financiada pelo Fundo Ambiental e o Município está a diligenciar que seja também comparticipada pelo programa Portugal 2030.
No dia 19 de Julho, o Município liderado por Pedro Santana Lopes votou favoravelmente a abertura do concurso público, com publicidade internacional.
A ponte do Alqueidão sobre o rio Mondego prevê uma faixa de rodagem para automóveis e via ciclável e pedonal, sendo fundamental para a Comunidade Intermunicipal (CIM) concluir a ciclovia da Eurovelo 1, que integra a rota europeia da Costa Atlântica, com uma extensão de 83 quilómetros.
Aquela ciclovia vai unir o sul do concelho da Figueira da Foz e o norte do município de Mira, atravessando, pelo litoral, o município contíguo de Cantanhede e passando por locais como o Museu Etnográfico da Praia de Mira, as Matas Nacionais e as lagoas aí existentes, o Cabo Mondego, o estuário do Mondego ou o Mosteiro de Seiça, entre outros.
O presidente da Câmara estimou que a construção de um pavilhão multiusos, com cerca de cinco mil metros quadrados de área coberta, represente um investimento entre 10 e 12 milhões de euros, apesar do local ainda não estar definido.
Por último, a alteração orçamental aprovada inclui também as obras de requalificação da Rua da Liberdade, no Bairro Novo, no centro da cidade, cujo investimento não deverá chegar a um milhão de euros.
O Município da Figueira da Foz estima que estes investimentos sejam repartidos por vários anos, ultrapassando o actual mandato, que termina depois do Verão de 2025.