Coimbra  4 de Outubro de 2024 | Director: Lino Vinhal

Semanário no Papel - Diário Online

 

Amnistia Internacional

Dois minutos para os direitos humanos

25 de Julho 2024

PERU

Dezoito meses passaram desde um dos mais graves episódios de violações em massa dos direitos humanos na história recente do Peru, onde foram mortas dezenas de pessoas e mais de 1.400 ficaram feridas em manifestações, entre Dezembro de 2022 e Março de 2023. Num novo relatório, a Amnistia Internacional revela que as provas apontam para a possível responsabilidade criminal da Presidente Dina Boluarte e podem revelar-se essenciais para as investigações em curso.

FRANÇA

A proibição imposta às mulheres atletas que usam véu (hijab) de competir nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos viola o direito internacional em matéria de direitos humanos e expõe a hipocrisia discriminatória das autoridades francesas e a fraca vontade do Comité Olímpico Internacional. A Amnistia Internacional detalha, numa nova investigação, o impacto devastador que esta medida está a ter nas mulheres e raparigas muçulmanas a todos os níveis do desporto francês.

LITUÂNIA

A Amnistia Internacional considera que a decisão do parlamento lituano de abandonar a Convenção sobre as Munições de Dispersão é uma mudança desastrosa e preocupante. As munições de dispersão são armas inerentemente indiscriminadas que representam uma grave ameaça para a vida de civis, mesmo muito depois de um conflito ter terminado. O lançamento intencional de ataques indiscriminados que matam ou ferem civis constitui um crime de guerra.

ANGOLA

Dias antes da visita oficial do primeiro-ministro português a Angola, a Amnistia Internacional apelou que a mesma pudesse ser usada, por Luís Montenegro, para abordar questões de direitos humanos com as autoridades angolanas. A organização convidou ainda qualquer pessoa que se quisesse juntar a este apelo a escrever um e-mail ao primeiro-ministro português, alertando-o particularmente para o contexto de desrespeito da liberdade de expressão e de reunião pacífica em Angola.

SUDÃO

Um novo relatório da Amnistia Internacional documenta que o conflito no Sudão está a ser alimentado por um fluxo constante de armas para o país. Armas e munições recentemente fabricadas ou transferidas de países como a China, a Rússia, a Sérvia, a Turquia, os Emirados Árabes Unidos e o Iémen estão a ser importadas em grandes quantidades para o Sudão e, em alguns casos, desviadas para o Darfur, numa clara violação do actual embargo de armas à região.