O Ministério da Cultura criou um grupo de trabalho para tratar das comemorações dos 100 anos do nascimento do guitarrista conimbricense Carlos Paredes. De acordo com o gabinete da ministra Dalila Rodrigues, o programa será definido até Setembro, visto que o criador de “Movimento Perpétuo” assinala o seu centenário em 2025.
O grupo de trabalho é liderado pelo advogado Levi Batista, amigo e executor do testamento de Carlos Paredes. A ele, juntam-se ainda o historiador António Nunes, a directora do Museu do Fado, Sara Pereira, o coordenador da equipa de instalação do Arquivo Nacional do Som, Pedro Félix, e a técnica especialista do Gabinete da ministra da Cultura, Filipa Alfaro.
A sua constituição visa celebrar a importância da obra e o legado do compositor de “Verdes Anos” na “tradição musical portuguesa, que faz parte da memória e da história do património cultural”. De acordo com o Ministério da Cultura, “Carlos Paredes é responsável por um repertório original que levou ao mais alto nível as possibilidades expressivas da guitarra portuguesa e que contribuiu para a popularização deste instrumento junto de vastas audiências”.
Carlos Paredes nasceu em Coimbra, a 16 de Fevereiro de 1925. Foi um dos maiores compositores portugueses, sendo, actualmente, considerado um dos símbolos ímpares da cultura nacional. Filho de Artur Paredes, o mestre da guitarra de Coimbra, Carlos fez questão de manter o estilo musical coimbrão. A sua guitarra era, também ela, de Coimbra, com a afinação do Fado de Coimbra. “Verdes Anos” é uma das suas composições mais conhecidas, tendo-lhe dado a receber um reconhecimento especial. Faleceu em Lisboa, – cidade que o inspirava -, a 23 de Julho de 2004, tinha 79 anos.
Cátia Barbosa (Jornalista do “Campeão” no Porto)