Na sequência da entrevista do passado dia 8 de Julho (à Radio Regional do Centro e ao Campeão das Províncias) tive a oportunidade de abordar um tema que me parece merecer uma referência especial. Trata-se de “mais uma” ferramenta de apoio à actividade empresarial com importância directa no desenvolvimento económico e social no concelho de Coimbra.
A implementação da VRI – Via Rápida para o Investimento, não sendo uma situação inédita no país, é um instrumento de gestão processual que se tem revelado indiscutivelmente, como uma medida apropriada no combate ao maior problema que os empresários e as empresas enfrentam nos dias de hoje: o TEMPO.
Como já anteriormente afirmei, actualmente, não é o dinheiro o principal factor diferenciador no apoio às empresas. Esse está disponível em meios próprios, nos apoios comunitários, na banca ou mesmo em fundos de investimento. Hoje o factor mais determinante, para quem quer investir ou incrementar a actividade, é o tempo que medeia entre a decisão de investir e o tempo de faturação desse investimento. Se para alguns investimentos o prazo de 2/3 anos é aceitável, nomeadamente para as empresas cotadas em bolsa ou outros mecanismos de financiamento, para a grande maioria das empresas este tempo não é compatível com o cronograma de actividades.
Para quem está numa fase de reafirmação e de crescimento do número de oportunidades de investimento, a criação de mecanismos de confiança dos investidores nas instituições é fundamental. É o que queremos transmitir a todos quantos desejem investir ou melhorar os seus negócios em Coimbra: a partir do próximo mês, daremos a possibilidade a todos quantos se enquadrem nos critérios definidos para a VRI, que possam requerer a sua inclusão.
A VRI é uma proposta de articulação entre os Departamentos de Desenvolvimento Económico e Departamento de Gestão Urbanística e restantes unidades orgânicas da Câmara Municipal, de forma a garantir que os processos seguem todos os mecanismos legais aplicáveis como até agora, mas que o poderão fazer num espaço de tempo mais adequado ao investimento a efectuar. Queremos todos, que tudo se faça de forma transparente, se possível numa prioridade assumida como estruturante para o concelho. A ferramenta que estamos a propor tem um carácter extraordinário e aplica-se a investimentos tipificados.
Nos concelhos onde foi implementada, de formas diversas, com designações várias, os resultados são muito interessantes e revelam a preocupação dos autarcas e dos técnicos, de reconhecerem o carácter distintivo dos projectos inseridos nestes mecanismos, com impacto na economia local, o que por si só induz investimento e confiança.
No caso de Coimbra são enquadráveis na VRI os projectos que cumpram, pelo menos, uma das seguintes condições:
Nota: A propósito da citada entrevista, quem me conhece sabe bem que nunca entendo as funções que desempenho a título pessoal. Faço-o sempre com espírito de equipa, ainda que as equipas possam ser mais ou menos numerosas e sempre focado nos objectivos colectivos, que se sobrepõem claramente aos pessoais. Assim, é de basilar entendimento que todo o trabalho produzido e o que vier a acontecer foi e será consequência de uma acção colectiva em que todos contribuímos na medida das nossas responsabilidades e competências, pelo que é mais que justo realçar o profissionalismo de todos os trabalhadores dos diversos departamentos bem como o importante contributo de todo o Executivo, em especial o Vereador Doutor Miguel Fonseca, por ser o titular deste pelouro e por todo o apoio que tem dado nos processos de transformação.
(*) Doutorando e investigador