A Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES) voltou a apelar para que os dadores tenham direito à dispensa laboral no dia em que realizam a dádiva.
Esta é uma possibilidade que foi retirada, em 2011, aquando da presença da troika em Portugal. A reivindicação surge no âmbito do Dia Mundial do Dador de Sangue, que se assinala na sexta-feira (14), sob o lema “Muito obrigado Dadores de Sangue”.
O presidente da FEPODABES, Alberto Mota, salienta que o Estatuto do Dador de Sangue foi aprovado, em 2012, pela Assembleia da República. Contudo, “manteve essa lacuna, deixando por resolver uma das questões que tem impacto directo no número de dadores diariamente”, alerta, referindo-se à questão da dispensa ao trabalho. Além disso, o responsável chama, novamente, a atenção para “a falta de profissionais de saúde, nomeadamente, nos três Centros de Sangue do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, falta essa que nos últimos tempos tem sido a causa maior dos cancelamentos de brigadas de colheitas de sangue no exterior dos três centros”.
A poucos dias do país celebrar o Dia Mundial do Dador de Sangue, Alberto Mota agradece aos dadores e incentiva a que mais pessoas doem sangue. Um acto que pode fazer toda a diferença e salvar vidas. “Todos os dias são necessárias cerca de 1.000 a 1.100 unidades de sangue para fazer face ao consumo dos hospitais”, revela. Sublinha ainda que, para além de ser fundamental para tratamentos e intervenções urgentes, “o sangue também é vital para o tratamento de feridos durante emergências de todos os tipos (desastres naturais, acidentes, conflitos armados, etc) e tem um papel essencial nos cuidados maternos e neonatais”.
Cátia Barbosa (Jornalista do “Campeão” no Porto)