Coimbra  3 de Novembro de 2024 | Director: Lino Vinhal

Semanário no Papel - Diário Online

 

Câmara de Coimbra pede à APA que resolva derrocada na Praia de Palheiros e Zorro

5 de Junho 2024 Jornal Campeão: Câmara de Coimbra pede à APA que resolva derrocada na Praia de Palheiros e Zorro

Uma derrocada na margem direita do rio Mondego, na freguesia de Torres do Mondego, está a colocar em causa a segurança de pessoas e de bens e a impossibilitar o acesso à Praia Fluvial de Palheiros e Zorro pela margem direita.

A Câmara de Coimbra realizou uma vistoria técnica ao local, na sequência da comunicação da Junta de Freguesia das Torres do Mondego e os serviços municipais entendem que a responsabilidade da resolução do ocorrido é da Administração da Região Hidrográfica (ARH) Centro da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

A própria Freguesia das Torres do Mondego tem reportado à APA vários problemas no açude, a montante da ponte pedonal, desde 2016. A autarquia notificou a entidade, solicitando uma reunião urgente no local, e solicitou a delimitação da zona afetada no leito do rio, para evitar situações que coloquem em causa a segurança de pessoas e bens. A via de acesso à praia fluvial encontra-se encerrada ao trânsito, por razões de segurança.

A plataforma de betão sobre a qual assentam os muros em gabião, construídos em 2016 na estrada de acesso à margem direita do rio Mondego, junto à Praia Fluvial de Palheiros e Zorro, encontra-se, neste momento, partida transversalmente, a uma distância de cerca de 20 metros do término dos muros, o que levou a que tenha colapsado e afundado. Essa ocorrência levou a que os módulos dos muros em gabião fossem arrastados, encontrando-se rodados e inclinados para o leito do rio, a ponto de poderem colapsar. A situação coloca em causa a segurança de pessoas e bens e impossibilita o acesso à Praia Fluvial pela margem direita, situação que não vai ser possível solucionar durante esta época balnear.

Os serviços municipais avançaram com vários factores que podem ter contribuído para o sucedido. Entres eles, está o facto de a Barragem da Aguieira estar na sua capacidade de máxima (99,2%) – informação avançada, no local, a 21 de Maio, por um técnico da ARH – o que leva a que ultimamente sejam efectuadas descargas com caudais que, durante o dia, são da ordem dos 8m³/s e no período c atingem 400-600 m³/s.

Outro motivo prende-se com o facto do açude construído a montante da ponte pedonal se encontrar, há já alguns anos, danificado num troço localizado junto à escada de peixe, o que está a baixar, significativamente, a linha de água da Praia Fluvial e a redirevcionar o fluxo de água em direcção ao muro de gabiões, contribuindo para descalçar a sua fundação.

A situação originou o aparecimento de fundões que, segundo apurado pelos técnicos que estiveram no local a acompanhar os trabalhos de regularização das margens e leito do rio, têm cerca de (6-10m) nas imediações da lateral direita do pilar central da ponte pedonal, próximo da zona do açude danificado e do muro de gabião.