A Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra anunciou um novo rumo na sua gestão e governança, com a implementação das Comunidades de Saúde. Esta medida, destinada a ganhar escala para o desenvolvimento de planos intermunicipais de saúde e respostas em proximidade, visa oferecer serviços diferenciados, fortalecer a articulação com os parceiros locais comunitários e criar melhores condições para atrair e reter profissionais de saúde. De acordo com a administração da ULS, as Comunidades de Saúde possibilitarão uma gestão mais próxima e proactiva, visando melhorar as condições de trabalho das equipas.
Após consultas com todos os municípios pertencentes à ULS de Coimbra e uma análise detalhada do perfil de saúde da região e de cada comunidade em particular, o Conselho de Administração da ULS de Coimbra decidiu criar as seguintes comunidades de saúde:
A) Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande; B) Arganil, Góis, Oliveira do Hospital e Tábua; C) Cantanhede, Mira, Mealhada, Mortágua e Penacova; D) Coimbra; E) Condeixa-a-Nova, Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares; F) Pampilhosa da Serra.
Cada Comunidade de Saúde será gerida por um Conselho Clínico e de Saúde composto por até quatro membros, incluindo um director clínico, um administrador hospitalar ou gestor com formação em gestão de unidades de saúde, um médico de saúde pública e um enfermeiro gestor especializado em enfermagem comunitária, saúde pública ou enfermagem de família.
As responsabilidades dos Conselhos Clínicos e de Saúde incluem a aprovação de planos de acção anuais e plurianuais, garantindo o cumprimento dos mesmos, assegurando a qualidade e segurança dos cuidados de saúde, promovendo a cooperação entre unidades funcionais e parceiros locais, entre outras competências.
Alexandre Lourenço, presidente da ULS de Coimbra, afirmou que o desenvolvimento deste plano estratégico e de governação visa atender às diversas realidades geográficas, demográficas e socioeconómicas da região, promovendo a articulação com os municípios para oferecer cuidados em proximidade.
Por sua vez, Almerinda Rodrigues, directora clínica para os Cuidados de Saúde Primários, destacou que as Comunidades de Saúde permitirão o desenvolvimento de projectos de saúde próximos e coerentes, baseados numa governação clínica autónoma e com competências operacionais próprias, alinhados com os instrumentos de planeamento existentes.