O presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP), Carlos Barbosa, pôs um ponto final na reivindicação de Coimbra em voltar a ter a superespecial urbana do Rali de Portugal em 2025, da qual abdicou há dois anos.
“Coimbra escolheu os Coldplay, agora, enquanto tivermos os contratos com a Figueira, vamos mantê-los”, disse Carlos Barbosa aos jornalistas, aludindo à opção feita pelo Município conimbricense, em 2023, de investir em quatro concertos da banda britânica, ao invés de manter a superespecial da prova portuguesa do Mundial de Ralis (WRC), que ali se realizou em 2022.
Em declarações esta terça-feira, na Figueira da Foz, à margem da cerimónia de assinatura dos contratos com os seis municípios da região Centro que recebem o Rali de Portugal (Arganil, Coimbra, Figueira da Foz, Góis, Lousã e Mortágua) e com a entidade regional de turismo, Carlos Barbosa abordou ainda as alterações ao traçado da superespecial de abertura do rali – agendada para as 19h05 de 9 de Maio na zona ribeirinha daquela cidade – argumentando que “é um percurso muito giro este ano”.
“O traçado da superespecial da Figueira da Foz vai ser mais animado este ano, o ano passado tinha muitas rectas e pouca espectacularidade em relação ao público. Este ano vai ter muito mais espectáculo para o público, com mais zonas que [os pilotos] têm de circundar (…) a zona da Figueira da Foz vai ser muito mais atractiva este ano e eu espero que as pessoas acorram em massa”, enfatizou o presidente do ACP.
O vereador com o pelouro do Desporto do Município da Figueira da Foz, Manuel Domingues – que, anteriormente, já tinha aludido às alterações ao traçado da superespecial, nomeadamente a colocação de três rotundas no interior do chamado parque de estacionamento das Gaivotas e a deslocação do salto para a Avenida de Espanha – disse que todo o acesso público ao traçado vai ser fechado e pago.
Para além das quatro bancadas disponíveis para o público, cujos bilhetes custam 30 euros por pessoa (15 euros para crianças entre os 8 e os 14 anos e gratuito dos 3 aos 7 anos, embora sem direito a lugar sentado), haverá um bilhete de peão, em redor do circuito de 2,94 quilómetros, com um custo unitário de 10 euros (5 euros para crianças).
Na ocasião, o presidente do ACP considerou a região Centro como “fundamental” para o Rali de Portugal, e notou o “apoio excepcional” dado pelos municípios à prova portuguesa do Mundial de ralis, quer financeiramente, quer em termos logísticos e de construção e reparação das classificativas em piso de terra, oito, percorridas por duas vezes, em Mortágua, Lousã, Góis e Arganil, no dia 10 de Maio.
Coimbra, que recebe a partida cerimonial do Rali (agendada para as 17h00 de 9 de Maio), investe 224 mil euros, valor que na Figueira da Foz ascende a 300 mil euros, embora o montante arrecadado pela bilheteira da superespecial, que em 2023 ascendeu aos 67 mil euros, reverta para o Município.
As restantes quatro autarquias investem, no total, 325 mil euros – Arganil 110 mil, Mortágua 100 mil, Lousã 65 mil e Góis 50 mil – a que acrescem mais 200 mil euros do Turismo Centro de Portugal, ou seja, um total de apoios financeiros superior a um milhão de euros.