A partir de 1 de Junho a Câmara de Coimbra vai dar início à recolha selectiva de resíduos orgânicos através de um projecto piloto associado a uma campanha de sensibilização com o mote “Zero Desperdício”.
O novo circuito de recolha vai abranger uma área de 135 hectares, contemplando 8.858 fogos e cerca de 15 mil habitantes, o que corresponde a cerca de 11% do total da população residente do concelho, em algumas zonas dos territórios da Freguesia de Santo António dos Olivais e da União de Freguesias de Coimbra.
A campanha de sensibilização que vai decorrer durante todo o mês de Maio, a cargo da SUMA, foi apresentada esta segunda-feira, no Salão Nobre do Município, na presença do presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, do vereador do Ambiente, Carlos Matias Lopes, e da directora dos Serviços de Sensibilização e Ambiental da SUMA, Alexandra Pericão
O novo sistema de recolha selectiva de resíduos orgânicos vai ser suportado pela disponibilização e pela distribuição de equipamentos de contentorização, de proximidade e domésticos, para deposição dedicada destes biorresíduos – que incluem desperdícios alimentares, resultantes da preparação e sobras de refeições – em simultâneo com uma campanha de sensibilização ambiental.
Nesta fase inicial vão ser abrangidas as seguintes zonas dos territórios da JF de Santo António dos Olivais e da UF de Coimbra: zona da Rua dos Combatentes; envolvente do Estádio Cidade de Coimbra; Solum; Vale das Flores; Arregaça; e zona urbana envolvente à Avenida da Lousã.
Este projecto representa um investimento total de cerca de 624 mil euros, financiado no âmbito do POSEUR, onde se inclui ainda as novas viaturas para esta recolha também apresentadas à entrada dos Paços do Concelho.
A campanha de sensibilização apela à adesão da população, através do mote “Desperdício Zero”, à valorização dos biorresíduos e à sua transformação em composto, tendo em vista as metas preconizadas para o país no PERSU 2020/2020+. Assim, a campanha prevê abordagem por contacto pró-activo, nas modalidades porta-a-porta e telefone-a-telefone, através da activação de uma linha de callcenter, em que serão abordados procedimentos de correcta deposição e vantagens, individuais e colectivas, de adesão ao novo sistema de deposição: gratuitidade, maior comodidade para os utentes e maior aproveitamento dos recursos.
A campanha integra ainda a divulgação de conteúdos em meios físicos e digitais, geridos pela autarquia ou por entidades parceiras; a disponibilização de material informativo em prédios e instituições de interesse público; a disseminação de informação através de suportes de grande divulgação e o desenvolvimento de um vídeo institucional da campanha de recolha de proximidade de biorresíduos para canais web.
Tal como foi avançado, em 2030, o Município de Coimbra deverá ser capaz de capturar 70% dos biorresíduos produzidos no concelho, sendo que 65% dos resíduos capturados devem ter origem na recolha selectiva, enquanto os restantes 5% devem ser provenientes de iniciativas de reciclagem na origem (compostagem doméstica e/ou comunitária).
A esse propósito, importa ainda recordar que, em Novembro de 2023, a ERSUC e a Câmara de Coimbra lançaram o projecto piloto de recolha selectiva de resíduos para reciclar no modelo porta-a-porta no concelho de Coimbra. A ERSUC está a fazer a recolha selectiva porta-a-porta em 8.333 moradias do concelho, de embalagens, vidro e cartão, sendo que, neste primeiro momento, a campanha só se irá realizar em algumas freguesias da zona Norte, avançando posteriormente a sua expansão a outros locais.
“Coimbra dá, assim, mais um passo para que os resíduos produzidos possam ser de novo incorporados em cadeias produtivas, evitando assim a sua deposição em aterro, e contribuindo significativamente para a nossa filosofia de desperdício zero”, referiu o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva.