Será natural viver ligado a uma máquina? Ou, por outro lado, quando a esperança de vida é nula, o “deixar de viver” poderá ser a alternativa? O que tem o ordenamento jurídico a dizer sobre isto?
A sociedade mudou e novas e controversas questões podem colocar-se a par com a evolução da medicina e da tecnologia. Se até há algum tempo o essencial era procurar caminhos para o prolongamento da vida, hoje é imperativo discutir a obstinação terapêutica e a dignidade da vida humana.
O cuidado médico que hoje se convoca mudou. O doente deixou de ser um sujeito passivo e ganhou o direito à autodeterminação.
José Francisco de Faria Costa é o convidado para a sessão de Abril, que acontece “Ao final da tarde”, na próxima sexta-feira, dia 19 de abril, às 17h00, no Centro Cirúrgico de Coimbra.
Especialista em direito médico, José Francisco de Faria Costa é actualmente director da Faculdade de Direito da Universidade Lusófona e professor catedrático da Universidade de Coimbra.
A questão da morte medicamente assistida já alterou o ordenamento jurídico português, mas a eutanásia continua a gerar desconfiança e receio. Justifica-se assim que a morte seja um assunto de reflexão e discussão, no espaço mensal que o Centro Cirúrgico de Coimbra organiza “Ao final da tarde”.
António Travassos, médico oftalmologista, será o moderador desta conversa que tem entrada livre.