A 5.ª edição do Anozero – Bienal de Coimbra abre amanhã, dia 6 de Abril, ao público e permanece até 30 de Junho. O evento promete ser uma experiência imersiva e inspiradora, com oito locais emblemáticos de Coimbra a receberem obras de 40 artistas cuidadosamente seleccionados pelos curadores Ángel Calvo Ulloa e Marta Mestre.
Sob o tema “O Fantasma da Liberdade”, a Bienal convida o público a explorar a cidade de Coimbra sob uma perspectiva única e cativante. Desde o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, com a sua história centenária, até à Estação Ferroviária de Coimbra-B, cada local escolhido oferece uma experiência enriquecedora, ampliando o imaginário desta cidade classificada como Património Mundial pela UNESCO.
O percurso de inauguração, iniciando-se na manhã de 6 de Abril, promete revelar histórias singulares e testemunhar as transformações propostas para esses espaços. Dos 40 artistas participantes, dez projectos foram especialmente concebidos para esta edição, reflectindo a diversidade e o talento presentes na cena artística contemporânea.
Os curadores destacam a importância da arte no espaço público, sublinhando que esta é uma forma de expressão que dialoga directamente com as especificidades dos lugares, tornando-se um símbolo partilhado pela comunidade.
A inauguração oficial dos espaços expositivos terá início às 10h00 na Sede do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, seguida por uma jornada pelos vários núcleos expositivos, aberta a todos os interessados.
Dentre os momentos destacados do evento, está a apresentação da obra “Arapis”, de Yonamine, no Pátio das Escolas da Universidade de Coimbra, e a sessão oficial na Sala da Cidade, com a presença de figuras como o Reitor da Universidade de Coimbra e o presidente da Câmara Municipal.
A celebração continua na Estação Ferroviária de Coimbra-B, onde será evocado um momento histórico, reforçando a ligação entre arte e memória colectiva.
Além disso, o público terá a oportunidade de visitar três espaços com obras comissionadas especialmente para esta edição, oferecendo uma visão única sobre o tema “O Fantasma da Liberdade”.
A festa de abertura, que acontecerá no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, promete ser um momento de celebração e reflexão, com performances artísticas e música ao vivo, convidando todos a participar nesta experiência cultural única.
Segundo Carlos Antunes, director da Bienal, este evento não só proporciona um contexto para repensar a arte e a sua relação com a sociedade, mas também destaca o papel crucial da liberdade na construção da identidade cultural.
Com a inauguração coincidindo com o mês dos 50 anos da Revolução dos Cravos, a Bienal não só celebra esse momento histórico, mas também convida à reflexão sobre o significado e os desafios da liberdade na contemporaneidade, evidenciando-a como uma presença inescapável e dinâmica.