O novo plano estratégico para o cinema e audiovisual, de 2024-2028, estipula vários objectivos para o sector e vai arrancar num panorama “legislativo e financeiro estável”, segundo o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA). Prevê-se, assim, uma revisão dos programas de apoio financeiro, bem como uma aposta no acesso à produção portuguesa por parte dos espectadores.
“Até 2028, o plano deverá ter contribuído para uma maior proximidade entre o cinema e o audiovisual português e os cidadãos, corrigindo assimetrias regionais no acesso às obras”, sublinha o ICA. O documento, homologado pelo Ministro da Cultura e agora divulgado pelo ICA, explica e enquadra o que será feito até 2028, tendo em conta o plano anterior referente ao período entre 2014-2018. Neste intervalo de tempo, terá havido, de acordo com o ICA, uma revisão da lei do cinema. Foi ainda criado o Fundo de Apoio ao Turismo e ao Cinema (FATC), com um sistema de incentivos fiscais, que se estenderá até 2026.
O instituto estima que a maioria das verbas, 8,4 milhões de euros, se destine a produções e coproduções portuguesas. Adianta ainda que entre as medidas deste novo plano estratégico está a criação de um grupo de trabalho que deve, até ao final deste ano, “fazer estudos e propostas para rever os programas de apoio financeiro e traçar planos para alargar os públicos e capacitar os profissionais do sector”.
O plano estratégico 2024-2028 foi aprovado no passado dia 19, pelo ainda Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, após ter sido apresentado na Secção Especializada de Cinema e Audiovisual.
Cátia Barbosa
(Jornalista do “Campeão” no Porto)