Chama-se “dst – vivos nas livrarias” e promete descentralizar a cultura e apoiar escritores independentes. A iniciativa literária, inédita em Portugal, nasce pelas mãos do dstgroup e, mensalmente, leva autores portugueses a lerem as suas próprias obras em várias livrarias do país.
Na quinta-feira (18), o projecto vai marcar presença em Leiria, pelas 18h30, na Livraria Arquivo. O momento vai ser moderado pelo cronista Paulo Kellerman.
Nessa sessão, os escritores Hélia Correia e José Riço Direitinho vão ler, ao vivo, os seus contos. Recorde-se que Hélia Correia venceu o Prémio Camões, em 2015, ano em que também conquistou o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco com “Vinte Degraus e Outros Contos”. Por sua vez, José Riço Direitinho publicou três romances: “Breviário das Más Inclinações”, “O Relógio do Cárcere” e “O Escuro Que Te Ilumina”. Escreveu também três livros de contos, “A Casa do Fim”, “Histórias com Cidades” e “Um Sorriso Inesperado”.
Cultivar o gosto pela leitura
“Nada se equipara a um livro, a um conto bem escrito, a uma história bem contada. A nossa iniciativa pretende apoiar estas livrarias, que ainda sobrevivem, num mundo cada vez mais digital”, explica o presidente do dstgroup, José Teixeira. O mesmo responsável sublinha ainda que “queremos levar a magia do som dos livros aos leitores e, nomeadamente, aos jovens leitores para que se leia com paixão e oportunidade de salvação, para poder seduzir quem lê com as vidas dos personagens dos romances, a sabedoria dos filósofos e o encantamento dos poetas”. De acordo com José Teixeira, começar este projecto pelos contos “funcionará porque a pesca de leitores depende da escolha das redes e quando o leitor é pescado, ficará mais livre e ficará leitor para sempre”.
A “dst – vivos nas livrarias” é dinamizada pela Associação Palavrão e conta com a curadoria de Jacinto Lucas Pires. O projecto está a percorrer o país, levando 22 escritores e 11 moderadores a diferentes livrarias independentes. O seu arranque, – que antecedeu a sessão que se vai realizar em Leiria -, decorreu no âmbito do Festival Literário Utopia, em Braga.
“Esta rubrica, tão comum em países como os Estados Unidos da América, a Alemanha ou o Reino Unido, começa agora a criar raízes também em Portugal, já que tem vindo a ser tão bem recebida e aclamada pelo público”, conclui o dstgroup.
Cátia Barbosa
Jornalista do “Campeão” no Porto