O Projecto Estúdio está a lançar um repto a instituições, escolas, bibliotecas escolares e outros colectivos artísticos: adquiram o livro “Cem Linhas – Notas para um Espectáculo” – onde podem encontrar inspiração e pistas para criar novas peças, performances ou oficinas e passem a ter naquele grupo de teatro da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC) um parceiro para a criação.
Cada exemplar é acompanhado pela indicação de um endereço de e-mail exclusivo, através do qual será possível entrar em contacto directo com a equipa do Projecto Estúdio. Dessa forma será possível solicitar conselhos, tirar dúvidas, pedir sugestões ou simplesmente partilhar ideias, contando assim com um apoio precioso na construção dos novos projectos artísticos.
Para adquirir “Cem Linhas – Notas para um Espectáculo” (cada livro tem o preço de 5 euros, a que acrescem os portes de correio, nos casos em que isso seja necessário), os interessados só precisam de enviar uma mensagem para projetoestudio.apcc@gmail.com.
“Cem Linhas” é uma criação do Projecto Estúdio, que começou por ser um espectáculo nascido da obra “Eu espero”, de Davide Cali e Serge Bloch, foi também uma oficina e consolidou-se finalmente no livro que agora é colocado à venda. É uma espécie de compilação e manual, nascido da capacidade daquele grupo de transformar a literatura em momentos performativos, onde se encontram poemas capazes de inspirar e desafios para ultrapassar.
O Projecto Estúdio já criou espectáculos e oficinas que levou perante diversos tipos de públicos, desde os transeuntes da Baixa de Coimbra, aos alunos de escolas básicas e secundárias ou aos utentes de instituições que trabalham na área da deficiência. O trabalho desenvolvido pelo grupo foi ainda apresentado perante profissionais das artes visuais e performativas ou da educação.
Depois de “Cem Linhas”, o Projecto Estúdio foi responsável pela abertura da Loja de Vender Poetas (inspirada em “Vamos comprar um poeta”, de Afonso Cruz) e da Loja de Vender FI (sobre o elixir que faz falta na nossa vida), concretizou o ciclo ‘Primaverar’ (que partiu do verbo inventado por Tolentino de Mendonça em “Que coisas são as nuvens”), em que criou espectáculos que foram apresentados nas livrarias que acolhiam os livros que os suscitaram, estando actualmente a levar a cabo o projecto “Uma sombra é para…”, em que parte da ideia e do(s) significado(s) de sombra para aprofundar o conceito de oficinas-espetáculos inspirados pela literatura e para criar produtos multimédia.
O teatro é uma das várias áreas artísticas que constituem uma parte importante da acção da APCC enquanto promotora da inclusão social. É desenvolvido tanto através de dinâmicas no campo da expressão dramática, como de apresentações ao público, dentro e fora das instalações da instituição.