ADACO exige acções imediatas contra prejuízos da fauna selvagem

Uma delegação da ADACO – Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra, composta por agricultores do concelho de Miranda do Corvo, reuniu-se esta semana com o presidente da Câmara Municipal, com o intuito de apresentar reclamações relacionadas aos prejuízos causados por javalis e outros animais selvagens na região.

Durante a reunião, os representantes da ADACO entregaram uma exposição destinada ao ministro do Ambiente e Acção Climática, na qual solicitam medidas concretas para lidar com a calamidade que afecta os agricultores do concelho, mas que também se estende como um problema a nível nacional.

O presidente da Câmara expressou a sua solidariedade para com as preocupações dos agricultores e comprometeu-se a encaminhar a Exposição ao Ministro do Ambiente, acompanhada de uma nota escrita da Câmara Municipal em apoio e solidariedade.

As principais reclamações apresentadas na exposição incluem:

A atribuição de indemnizações de forma expedita e desburocratizada, com base em levantamentos de prejuízos a serem realizados pelos serviços do Ministério do Ambiente e Acção Climática, bem como pelo ICNF.

O controle da densidade populacional, capacidade reprodutiva e mobilidade das populações de animais selvagens, com destaque para os javalis. Isso requer a elaboração urgente, mas participativa, de “Planos Públicos de Contingência” para este fim, com medidas a serem organizadas e implementadas pelo Ministério do Ambiente e pelo ICNF, em consulta com os parceiros locais envolvidos.

Alterações ao Decreto-Lei n.º 202/2004, de 18 de Agosto, na sua redacção actual, para responsabilizar o Ministério do Ambiente em situações em que a situação esteja fora de controlo, e para o pagamento de indemnizações pelos prejuízos causados.

Esta reunião é parte de uma série de iniciativas da ADACO junto das Câmaras Municipais do Distrito de Coimbra mais afectadas por esta problemática dos prejuízos causados por javalis e outros animais selvagens. O objectivo é envolver o poder autárquico para pressionar o Ministério do Ambiente e o Governo a adoptarem medidas concretas para resolver uma situação que já se prolonga há cerca de 5 anos, causando centenas de milhares de euros em prejuízos aos agricultores afectados em todo o país.