Caríssimos Leitores:
Inicio hoje uma colaboração com o Jornal Campeão das Províncias, onde partilharei a minha visão sobre um conjunto de temas, cuja acuidade será por vós avaliada. Sem amarras de qualquer espécie, tentarei que a minha leitura dos factos seja isso mesmo: MINHA! Só a mim me compromete e terá na sua génese a minha formação enquanto pessoa e a minha experiência e qualidades profissionais.
Todos os que estamos activos no mundo do trabalho, sejamos trabalhadores do sector público ou privado, atravessamos por estes dias o período critico da execução do Plano e Orçamento para o ano de 2024 e seguintes, as chamadas Grandes Opções do Plano, no caso do Serviço Público.
É nesta matéria que pretendo abordar a perspectiva de um cidadão atento e empenhado no desenvolvimento económico e social do território. Desde logo percebendo, através dos vários instrumentos de planeamento orçamental, quais as opções estratégicas que as entidades conseguem plasmar nas opções de orçamento anual e plurianual. Não tenhamos dúvidas: a leitura de um plano e orçamento de qualquer instituição, transmite-nos muito da forma como perspectivamos o futuro imediato e a médio prazo. Há uma expressão popular que diz que “somos as opções que tomamos” e na verdade a estratégia que esperamos ver realizada, deve ser previamente planeada e concebidos os passos para a concretizar. É nesta medida que verificamos a ambição e aposta dos municípios, por exemplo, na estruturação de propostas de implementação de acções de desenvolvimento económico. TEM de ser evidente nas opções do Orçamento que o desenvolvimento económico é um desígnio, em igualdade com outras acções determinantes no desenvolvimento social. Seguramente não há equilíbrio no desenvolvimento social se não existir um desenvolvimento económico adequado.
Em Coimbra temos verificado este desequilíbrio com a inversão da pirâmide etária e com a diminuição grave do número de habitantes. Podem existir porventura fórmulas mágicas que invertam esta realidade, mas a que está ao nosso alcance é o desenvolvimento económico que atraia mais e melhores empresas e como consequência o aumento do número de pessoas a trabalhar e a residir. Como consequência todos os outros factores relevantes incrementarão e socialmente teremos uma urbe mais equilibrada, com mais oportunidades de emprego e consequentemente uma nova inversão da pirâmide, com a prevalência dos mais jovens. Só assim teremos todas as condições de aproveitar a magnifica qualidade de vida e as potencialidades deste território. Coimbra e o seu ecossistema institucional e empresarial estão prontos, disponíveis e alinhados. COIMBRA IS THE RIGHT PLACE TO INVEST! Voltaremos a este assunto.
Faz-se com todos
Os últimos tempos têm sido profícuos para Coimbra e para a região. A negociação do Plano de Acção no âmbito do PO Centro 2030, a submissão de candidaturas ao PRR e o acesso a mecanismos alternativos da União Europeia através de candidaturas autónomas ou em parceria, colocam o nosso território no caminho das oportunidades.
A capacidade de executar projectos e propostas de intervenção fará toda a diferença nos territórios, quando no final do PRR (em 2026) e do PT2030 (em 2032) foram efectuados o balanço e o impacto das acções. Habitação, Áreas de Localização Empresarial, Ciclo Urbano da Água, Educação, Saúde, Ambiente e Adaptação às Alterações Climáticas, Acessibilidades e Mobilidade Urbana, Cultura e Turismo são apenas algumas das muitas áreas possíveis de intervenção. Espera-nos muito trabalho e capacidade de realização para recolocarmos Coimbra e a Região Centro em patamares de desenvolvimento condizentes com o prestígio da região e das pessoas que aqui vivem, trabalham e todos os que o desejam fazer.
O desenvolvimento económico de Coimbra e da região, assente numa verdadeira aposta no ecossistema empresarial existente, reforçando-o com a atracção de novas unidades de comércio, serviços e indústria, geradoras de mais e melhores oportunidades de emprego, catapultarão Coimbra e a região para o patamar de desenvolvimento que todos ansiamos.
Os empresários, as empresas, os trabalhadores, as instituições e todos os que directa ou indirectamente compõem a massa critica de Coimbra e da região estão convocados. Ninguém é dispensável. Desenvolvimento Económico e Social faz-se com todos!
(*) Doutorando no MIT e investigador