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Professores lançaram ‘outdoor’ no IP3 a lembrar tempo de serviço congelado

8 de Setembro 2023 Jornal Campeão: Professores lançaram ‘outdoor’ no IP3 a lembrar tempo de serviço congelado

A Federação Nacional de Professores (FNE) lançou hoje um ‘outdoor’ no IP3 a lembrar o tempo de serviço congelado e alertou que o novo ano lectivo poderá ter um impacto nas escolas pior do que o anterior.

“Não apenas e só pelas lutas dos professores, mas também porque hoje, prestes a iniciar o novo ano lectivo, há muitos alunos que não vão ter professores no dia 12 [de Setembro]”, disse Pedro Barreiros, no concelho de Penacova, junto ao Itinerário Principal 3 (IP3).

O dirigente sindical salientou que a falta de docentes “não é devido às lutas, mas porque não existe quem queira ser professor e o ministério da Educação nada faz para tornar a carreira atractiva para que os mais jovens queiram ser professores”.

Na freguesia de Oliveira do Mondego, ao lado do IP3, que liga Coimbra a Viseu, a FNE inaugurou hoje o ‘outdoor’ de lançamento do IP 6623, em alusão ao tempo de serviço que o Governo ainda não contabilizou aos docentes para efeitos de subida na carreira.

Com esta iniciativa, que marca o arranque das acções pela recuperação do tempo de serviço congelado, a FNE denunciou que o Governo liderado pelo socialista António Costa não cumpriu a promessa de requalificar aquele itinerário, em detrimento do tempo de serviço dos professores.

“O IP3 teve de ser relembrado, essencialmente porque foi uma promessa que, paralelamente, condicionou a recuperação do tempo de serviço dos professores”, sublinhou o secretário-geral daquela estrutura, salientando que, afinal, “nem uma coisa nem outra foram feitas”.

Pedro Barreiros frisou que, se “porventura, tem sido recuperado o IP3, os professores não tinham argumentos para estar hoje a fazer esta comparação”.

“Não tendo sido recuperado o IP3 nem o tempo de serviço, temos de perguntar ao primeiro-ministro o que esteve mal para que nem uma coisa nem outra tenham sido recuperadas”, sublinhou.

O dirigente sindical anunciou que a FNE tem já várias acções de luta agendadas até meio de Outubro, destacando as greves ao sobretrabalho, horas extraordinárias e componente não lectiva a partir de 12 de Setembro, dia em que se inicia o novo ano lectivo.

Entre 2 e 6 de Outubro estão previstas concentrações diárias nas escolas, plenários, uma concentração à porta da residência oficial do primeiro-ministro, um seminário internacional (dia 5) e uma greve nacional de professores e educadores (dia 6).

“Já temos um calendário vasto até meados de Outubro, mas não vamos parar por aqui e a nossa acção vai depender da disponibilidade do Governo e do ministério da Educação para nos sentarmos à mesa e respondermos aos problemas que afectam os alunos, as famílias e, obviamente, os professores”, sublinhou Pedro Barreiros.