A Câmara de Coimbra decide, segunda-feira, sobre um novo protocolo de comodato com a Cena Lusófona – Associação Portuguesa para o Intercâmbio Teatral, que possibilita acolher gratuitamente a associação no edifício da Ala Central do Antigo Colégio das Artes, no Pátio da Inquisição.
O novo contrato de comodato prevê a cedência do espaço à Cena Lusófona, pela autarquia, por um período de cinco anos, para que esta associação o utilize no desenvolvimento da sua actividade.
A Cena Lusófona é uma associação sem fins lucrativos, estando registada como Organização Não Governamental de Cooperação para o Desenvolvimento (ONGD) desde 1999.
O projecto teve início em 1995, a convite do Governo português, e funcionou, nos primeiros meses, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, tendo sido transferido para Coimbra em 1996. A actividade desenvolvida nas instalações provisórias cedidas pela Câmara de Coimbra fundamentou o desenvolvimento de um projecto de recuperação da Ala Central do Colégio das Artes, concluído em 2015.
Esta associação tem desenvolvido um conjunto diversificado de projectos de formação, coproduções, circulação de espectáculos, infraestruturas teatrais, debates e conferências, exposições, programas interdisciplinares, institucionais e de cooperação, entre outros, que serão mantidos através da realização deste contrato. Além disso, tem aberto ao público o Centro de Documentação e Informação, especializado em dramaturgia e em artes cénicas dos países de língua portuguesa, e desenvolve actividade editorial que tem funcionado como uma montra do que se faz na cooperação teatral entre todos os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Com a celebração deste novo protocolo, a Câmara Municipal cumpre o seu desígnio de “privilegiar o apoio às estruturas culturais locais, cuja actividade contribua para o desenvolvimento global do concelho de Coimbra”, permitindo à Cena Lusófona a manutenção de instalações condignas para seu funcionamento e do seu centro de actividades, que deverá estar vocacionado para a recepção de grupos, documentação e pesquisa, montagem de espectáculos e organização de iniciativas próprias, segundo refere o documento que, depois de aprovado, terá de ser formalizado por ambas as entidades.