Os BRICS acabam de integrar mais seis países: Arábia Saudita, Argentina, Egipto, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irão. O alargamento foi anunciado no dia 24, na conclusão da 15ª Cimeira deste grupo, que decorreu na África do Sul.
Trata-se de uma expansão histórica e de uma das realizações mais importantes desta Cimeira dos BRICS, que reflecte a determinação dos membros do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em se unirem e cooperarem com os países em desenvolvimento.
De acordo com especialistas, os seis novos membros têm as suas próprias vantagens industriais e fortes complementaridades económicas, o que reforçará a estrutura industrial dos BRICS na indústria transformadora, alimentação, energia, serviços e outros sectores, e aumentará o seu potencial de cooperação.
De referir que a China sempre defendeu a ampliação dos BRICS. Em 2017, na Cimeira de Xiamen, a China lançou um inovador modelo de cooperação, designado por “BRICS+”; e em 2022, na Cimeira de Pequim, propôs que o processo de alargamento fosse acelerado.
Muitos mercados emergentes e países em desenvolvimento ficaram entusiasmados, e mais de 20 países solicitaram a adesão. Agora, a expansão dos BRICS deu um passo histórico, confirmando a atratividade do mecanismo de cooperação.
Nesta Cimeira na África do Sul, o Presidente Xi Jinping defendeu que os BRICS devem aprofundar a cooperação económica, comercial e financeira, para impulsionar o desenvolvimento económico; expandir a cooperação política e de segurança para manter a paz e a tranquilidade; reforçar os intercâmbios culturais para promover a compreensão mútua das civilizações; e aderir à equidade e à justiça para melhorar a governação mundial.
Além disso, a parte chinesa apresentou quatro medidas detalhadas para um desenvolvimento de alta qualidade após a expansão.
Primeira, dar mais atenção às cooperações pragmáticas nos setores da economia digital, desenvolvimento sustentável e cadeia de abastecimentos, porque a economia digital já é a nova força motriz para o desenvolvimento da economia mundial.
Segunda, estabelecer novas incubadoras de inovação científica e novas plataformas para a utilização dos dados dos satélites, com o objetivo de impulsionar as cooperações científicas e tecnológicas entre os países membros do BRICS.
Terceira, reforçar a cooperação da segurança política, pois a segurança é o pré-requisito para o desenvolvimento.
Quarta, aproveitar bem o papel do Novo Banco de Desenvolvimento, para acelerar uma nova ordem financeira internacional, mais equilibrada e inclusiva, e para a prática de um verdadeiro multilateralismo
Segundo os dirigentes chineses, estas quatro propostas ajudarão os países BRICS a reforçar a cooperação, a promover parcerias de elevada qualidade e a impulsionar a mudança da governação mundial numa direção mais justa e razoável.
(Centro de Programas de Línguas da Europa e América Latina da China)