A Comissão Municipal de Protecção Civil de Cantanhede, numa decisão unânime, emitiu parecer favorável às propostas das freguesias de Murtede, Ançã e Cordinhã para a criação das respectivas Unidades Locais de Protecção Civil. Esta medida visa fortalecer o envolvimento dos cidadãos na compreensão e gestão dos riscos, desempenhando um papel crucial na prevenção e mitigação de acidentes graves e situações de catástrofe.
A deliberação da Comissão Municipal baseou-se na convicção unânime de que o conhecimento dos riscos que afectam as comunidades é essencial para a promoção da segurança e a redução de impactos negativos resultantes de acidentes e desastres. O enfoque preventivo da protecção civil, centrado na participação cívica, possibilita a adopção de estratégias que visam não apenas a reacção perante adversidades, mas também a prevenção das mesmas.
De acordo com a legislação vigente, as juntas de freguesia têm a obrigação de cooperar com o Serviço Municipal de Protecção Civil, desempenhando funções no âmbito das suas atribuições e competências, incluindo a promoção de acções preventivas, avaliação de riscos e vulnerabilidades, sensibilização pública e apoio à gestão de incidentes. As unidades locais de protecção civil podem ser estabelecidas mediante um parecer vinculativo da Comissão Municipal de Protecção Civil.
A presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, que liderou a reunião na qualidade de Autoridade Municipal de Protecção Civil, realçou a importância das unidades locais de protecção civil no concelho de Cantanhede. Estas unidades, juntamente com as autarquias de freguesia, desempenham um papel vital no Sistema Municipal de Protecção Civil. Elas funcionam não apenas como estruturas operacionais próximas das comunidades e com um profundo conhecimento das vulnerabilidades locais, mas também como promotoras do conhecimento dos riscos entre as populações e defensoras de uma cultura de segurança.
A Comissão Municipal de Protecção Civil de Cantanhede também decidiu, de forma unânime, emitir um parecer para informar as restantes juntas de freguesia sobre a pertinência da criação de unidades locais de protecção civil. Este passo visa realçar a importância da componente preventiva na construção de comunidades resilientes e seguras. A participação dos cidadãos e da comunidade no aumento do conhecimento sobre os riscos e as medidas de autoprotecção é fundamental para prevenir e reduzir os impactos adversos de eventos futuros.