A greve dos trabalhadores do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) nos Hospitais de Coimbra alcançou uma adesão estimada de cerca de 80%, de acordo com informações divulgadas hoje pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares.
António Baião, um dirigente sindical, expressou que “a participação reflecte a indignação dos trabalhadores perante a falta de diálogo social e a desconsideração pelos seus direitos”. Durante uma concentração nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), António Baião afirmou que a greve nacional do SUCH tem obtido níveis de adesão particularmente elevados em diversos hospitais públicos por todo o país, tornando-se uma das maiores greves do SUCH até ao momento.
Esta greve, que decorre entre as 00h00 e as 24h00 de hoje, envolve os funcionários da empresa que desempenham funções nos serviços de alimentação, lavandarias, manutenção, gestão de resíduos e serviços administrativos. As reivindicações dos trabalhadores incluem aumentos salariais intercalares e aumento do subsídio de alimentação ainda em 2023, bem como a busca por melhores condições laborais, aumento de pessoal e a atribuição de subsídio de risco para todos.
António Baião, coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria, enfatizou a importância do aumento salarial: “O aumento do salário é mais do que merecido”.
No Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que inclui os HUC, a greve foi aderida por cerca de 80% dos trabalhadores, com serviços mínimos assegurados em algumas unidades. As refeições estão a ser fornecidas apenas aos pacientes e profissionais que não podem sair do local de trabalho durante a hora de almoço, com os refeitórios das unidades de alimentação em Coimbra encerrados.
A concentração junto à entrada principal dos HUC culminou na aprovação de uma moção onde os trabalhadores alertaram para o aumento acentuado dos custos de vida, destacando o aumento contínuo dos bens de primeira necessidade e das despesas. O SUCH, uma empresa do sector público, foi criticado por pagar salários baixos e recusar reuniões com os sindicatos para discutir a situação dos trabalhadores.
O sindicato e os seus associados enfatizaram a importância de melhorar os salários e reforçar o quadro de pessoal do SUCH como medidas fundamentais para a protecção do Serviço Nacional de Saúde.