O Parque Urbano Ribeirinho de Montemor-o-Velho, orçado em cerca de dois milhões de euros, vai reforçar a ligação da vila ao Centro Náutico.
As obras nas margens do antigo leito do Mondego, iniciadas em Agosto de 2020, deram origem ao Parque Urbano Ribeirinho de Montemor-o-Velho que foi esta quinta-feira inaugurado e está agora aberto ao público.
“O Parque Ribeirinho é o aproveitamento e a devolução daquele espaço, que foi tão importante para a vila no tempo em que o rio Mondego passava ali naquela zona, a Montemor. […] A frente ribeirinha é devolvida à vila e faz-se uma ligação da vila ao Centro Náutico”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão.
As intervenções, que totalizaram cerca de dois milhões de euros, incidiram em cerca de 78 mil metros quadrados, com cerca de dois quilómetros de extensão.
Os trabalhos vieram favorecer a ligação a outros equipamentos desportivos, nomeadamente à pista de atletismo e ao Centro Náutico, já que, por exemplo, a Ciclovia do Mondego passa neste Parque.
O local, além de circuitos pedonais e cicláveis, tem um parque infantil com jogos de água, um campo de jogo, bicicletas eléctricas, uma cafetaria e espreguiçadeiras.
A colocação de uma rampa de acesso ao plano de água proporciona aos visitantes utilizar gaivotas a pedais, caiaques, fazer ‘stand up paddle’ ou servir-se das ‘hidrobikes’.
A comunidade local e os visitantes podem passear o seu cão ou fazer um piquenique, adiantou o autarca.
O Plano de Acção para a Regeneração Urbana de Montemor-o-Velho – PARU 1 – Parque Urbano Ribeirinho – fase1, promovido pelo município, representa um investimento de superior a 1,6 milhões de euros, sendo uma operação apoiada pelo Programa Operacional Centro 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), no âmbito do eixo prioritário “Afirmar a Sustentabilidade dos Territórios” (CONSERVAR).
O Município de Montemor-o-Velho investiu mais cerca de 300 mil euros em equipamentos para o Parque, o que totaliza um investimento de cerca de dois milhões de euros.
Emílio Torrão avançou que, durante as obras neste local, foi solicitado à autarquia para que se pudesse “peneirar a terra para reencontrar ou para recuperar sementes de espécies antigas”.
Por isso, a Câmara Municipal está a limpar a outra margem do rio para que os investigadores possam fazer, nessa zona, um local para cultivar essas espécies.
“No Paul [do Taipal] já estamos a cultivar, a tentar disseminar, ou seja, reproduzir essas tais espécies autóctones do nenúfar amarelo […], espécies que estão extintas ou que estão na lista vermelha das espécies ameaçadas”, adiantou.