A União de Freguesias (UF) de S. Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, do concelho de Coimbra, lançou a petição “À Linha Ferroviária de Alta Velocidade Porto – Lisboa, nós dizemos NÃO”.
A petição, que tem Jorge Veloso, o presidente desta União de Freguesias, como primeiro subscritor, pode ser assinada online em https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT117072
O texto desta petição é o seguinte:
«Analisados os traçados propostos e descritos no Estudo de Impacte Ambiental é fácil concluir que este projecto terá impactos muito negativos para a população residente na União de Freguesias de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, demolirá casas e expropriará terrenos, arrasando a vida desta população, com dificuldades para entender tudo o que se está a passar e o porquê de terem que abandonar as suas casas, onde viveram toda a sua vida. Aqueles que têm a “sorte” de não verem as suas casas e terrenos afectados terão de conviver “paredes meias” com ruídos e vibrações e/ou com paisagens de muros de betão.
A quadruplicação da linha entre Taveiro e Bencanta é uma obra desnecessária e desumana pelo impacto nas populações, que apenas pretende levar os comboios de alta velocidade ao centro da cidade, quando poderiam servir Coimbra perfeitamente ficando a 4 ou 5 km do centro. O gigantesco viaduto que se pretende que atravesse a freguesia de Ribeira de Frades vai originar, também, demolições de várias habitações e vai criar para sempre uma ferida no equilíbrio paisagístico e ambiental desta localidade, desvalorizando irremediavelmente toda aquela área. Entendendo que a não concretização desta Linha de Alta Velocidade é ainda uma possibilidade ou, a concretizar, é possível a apresentação de propostas de outros traçados que, ocupando terrenos agrícolas impedem a demolição de habitações (Eixo 1 da proposta).
Nós, cidadãos abaixo assinados, repudiamos totalmente, nos moldes apresentados, as intenções do Governo relativas à Linha Ferroviária de Alta Velocidade entre Porto e Lisboa (Fase 1) Troço Porto/Soure – Troço B. Esta posição foi consensualizada em duas sessões com a população em que participaram activamente mais de 500 pessoas».