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Semanário no Papel - Diário Online

 

Carolina Rojais

O mundo encantado das cargas fiscais e afins

30 de Junho 2023

Aqui estamos, 216,73 km2 de terra, 13.119 habitantes – de acordo com os últimos Censos – banhados pelo Alva e pelo Mondego, entre a paz e tranquilidade dos montes e vales, quase alheios ao que nos rodeia.

Podemos ter o privilégio de termos a beleza natural que temos, de estarmos “no nosso canto”, mas ninguém esquece o impacto que as decisões do Estado central têm em nós. Afinal, estamos todos inseridos num país que é governado pela maioria absoluta do Partido Socialista há demasiado tempo.

Estamos no 9.º país da OCDE em que os trabalhadores mais descontam para o Estado, no 5.º país europeu da OCDE em que a carga fiscal mais aumentou entre 2010 e 2021, no país onde a carga fiscal em Portugal atingiu o recorde de 36,4% do PIB, no país em que o aumento da receita fiscal (+11,267 mil milhões de euros) traduziu o comportamento das receitas do IVA, do IRC, das contribuições sociais efectivas e do IRS.

Em suma, num país em que o Governo tem um objectivo: “cobrar mais impostos do que aqueles que cobraram no ano anterior”.

Se dúvidas me restavam, decidi perguntar ao ChatGPT (a badalada ferramenta de inteligência artificial) quais as consequências que a carga fiscal tinha no dia-a-dia dos portugueses: diminuição do poder de compra, restrições financeiras para as famílias de baixo e médio rendimento, redução do investimento e empreendedorismo, migração de contribuintes para países com políticas fiscais mais favoráveis e impacto na qualidade de vida, uma vez que têm menos recursos disponíveis para lazer, cultura e bem-estar.

Por mais que se pintem os cenários de “arco-íris” e “vai ficar tudo bem”, não vai ficar tudo bem com esta política de asfixia fiscal e austeridade do Governo de António Costa. Não vai ficar tudo bem com os jovens que querem progredir nas suas vidas, com as famílias que fazem as contas ao final do mês, com aqueles que querem investir, abrir actividade empresarial, e singrar no nosso país.

Questiono se é este o rumo que queremos levar. Questiono se queremos continuar com esta política de António Costa. Acredito que não. Acredito que existe alternativa, que essa alternativa está a ser construída, que essa alternativa se materializa no PSD no leme dos destinos do país. Rumo a um futuro de mais equidade, oportunidade e prosperidade.

(*) Presidente da JSD Penacova e Secretária-Geral da JSD Distrital de Coimbra