A Câmara Municipal de Mira e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) estão a trabalhar, em conjunto, para criar duas unidades balneares, que vão dar origem à Praia Fluvial da Barrinha, em 2024.
“A APA vai rever o Plano de Ordenamento da Orla Costeira e aceitou colocar na revisão mais duas unidades balneares […], que nos permitem criar uma praia fluvial” na zona da Barrinha de Mira, disse o presidente do Município de Mira, Raul Almeida.
Após o envio de um documento justificativo que salienta a importância de ter uma praia fluvial naquela zona, aquele Município reuniu com a APA, tendo ficado definida a criação de duas unidades balneares, com uma concessão, na área da Barrinha de Mira, junto a antiga prancha, com apoio balnear, que permitirá a criação de serviços, área comercial e vigilância destas duas unidades.
Trata-se de “um sonho”, com “muitos anos”, e este é um dos “principais passos a dar nesse sentido”, acrescentou.
De acordo com o autarca, aquele espaço era um local usufruído por muitos banhistas que antigamente se molhavam nas águas da lagoa.
“Muitas das vezes” o mar não está, digamos, em condições de se tomar banho ou está bandeira vermelha e as pessoas iam para a Barrinha”, lembrou.
Raul Almeida realçou o papel da APA que foi “sensível” aos argumentos da Câmara sobre a importância de ter uma praia fluvial.
O presidente da Câmara de Mira deu nota de que, após a praia fluvial ser uma realidade, deveria candidatar-se à bandeira azul, já que era muito “interessante” ter uma “Bandeira Azul oceânica [na Praia de Mira, galardoada sempre de forma consecutiva] e uma Bandeira Azul fluvial”, a menos de 300 metros uma da outra.
“Era um sonho e daqui a uns anos acho que será possível” realizar, reafirmou. A nova estrutura balnear deverá estar a funcionar em 2024.