O Museu Monográfico de Conímbriga, em Condeixa-a-Nova, tem adoptado medidas para tornar a antiga cidade romana “mais inclusiva”, apostando em visitas com experiências sensoriais, anunciou a instituição.
“Atenta às necessidades específicas dos públicos e da sua comunidade, a equipa (…) está motivada para abraçar o desafio de tornar Conímbriga cada vez mais inclusiva”, afirma o Museu Nacional dirigido pelo arqueólogo Vítor Dias.
O complexo de Conímbriga, junto à povoação de Condeixa-a-Velha, segue agora “novas estratégias comunicacionais, com informação multissensorial sobre as colecções e o sítio arqueológico, incluem agora visitas áudio [através de QRCodes] e visitas pensadas para proporcionar experiências sensoriais”.
“Numa abordagem a materiais e técnicas introduzidas pelos romanos, possibilitamos a manipulação tátil de réplicas de peças das colecções – lucernas, taças e fragmentos cerâmicos, inscrições e relevos decorativos – e de elementos construtivos e decorativos presentes nos vestígios dos edifícios que se descobrem na visita ao sítio arqueológico – colunas, paredes e mosaicos”, adianta.
Hoje, a título de exemplo, o Museu de Conímbriga divulgou o registo fotográfico de “alguns momentos da visita inclusiva de interacção e de exploração” das suas colecções e espaços, realizada com alunos do Agrupamento de Escolas Grão Vasco, de Viseu, incluindo uma jovem com deficiência visual.
Com o mesmo objectivo foi efectuada “uma acção de formação interna”, dinamizada pela provedora para a Inclusão e Cidadania da Direcção-Geral do Património Cultural, Ana Alcoforado, ex-directora do Museu Nacional de Machado de Castro, em Coimbra.
Dirigida ao “atendimento e acolhimento de públicos”, a acção visou “capacitar as equipas de trabalho do Museu na sua relação com públicos diversos e com necessidades específicas”, visitantes ou trabalhadores da instituição, “fornecendo as ferramentas necessárias para os acolher com dignidade e contribuindo para o fortalecimento das relações pessoais”.