O presidente da Câmara Municipal de Penacova, Álvaro Coimbra, aplaudiu na passada sexta-feira (23) o parecer favorável concedido pela Direcção Regional de Cultura do Centro (DRCC) à construção de um hotel no Mosteiro do Lorvão.
O autarca daquele município do distrito de Coimbra notou, no entanto, que o parecer – que é favorável, mas condicionado e ainda terá de ter o aval da Direcção-Geral de Património Cultural, por se tratar de um monumento nacional – demorou um ano a ser decidido.
“É com satisfação que recebemos essa notícia. É muito importante este projecto para o Lorvão e para o mosteiro. É a reabilitação da ala do antigo hospital psiquiátrico. Lembro que foi um processo que começou no âmbito do programa Revive, para a reabilitação de imóveis devolutos e o seu aproveitamento turístico”, disse Álvaro Coimbra.
“Só lamento é que tenha demorado um ano o parecer”, acrescentou, admitindo que possa ter havido “um conjunto de esclarecimentos” entre o promotor e a DRCC, “o que é perfeitamente legítimo”.
“Mas um ano à espera do desenrolar do parecer parece-me muito tempo”, enfatizou.
A directora regional de Cultura, Suzana Menezes, revelou que a DRCC deu, na semana passada, um parecer favorável condicionado ao projecto de arquitectura proposto pelo promotor da unidade hoteleira.
“É condicionado, porque há ali várias questões do ponto de vista da arqueologia, que têm de ser atendidas, naturalmente. E será necessário produzir algum trabalho fino de arquitectura nas intervenções que estão a ser propostas, mas, em todo o caso, é um parecer favorável”, destacou.
Reafirmando a “boa notícia” para Penacova “e não só”, Álvaro Coimbra frisou que o município do interior do distrito de Coimbra “precisa de capacidade hoteleira”, esperando, agora, que o hotel de cinco estrelas projectado para o Lorvão possa avançar, o quanto antes, para a fase de obra.
“O Mosteiro do Lorvão é um tesouro que tem estado assim um bocadinho escondido ali no vale (…). É um monumento nacional com séculos de história e penso que, sem dúvida, agora vai sair em definitivo daquele espaço onde estava e vai ter outra visibilidade”, ilustrou Álvaro Coimbra.