André Braga e Cláudia Figueiredo, da companhia CiRcoLando, retomam parte da pesquisa iniciada com o espectáculo “Climas” e embarcam numa nova criação intitulada “Cratera”. Inspirados pelas propostas da Geopoética de Michael Taussig e David Abram, os artistas procuram vivenciar conexões intensas com a terra e a natureza, explorando formas de linguagem e lucidez diferentes.
A paisagem vulcânica, simultaneamente fértil e devastadora, é o território de pesquisa escolhido. Segundo os artistas, as ideias de taça, útero, rumores, línguas estranhas e imaginários intemporais têm um apelo sedutor que os atrai. “Cratera” reúne dança, teatro, som e vídeo em uma “dramaturgia da paisagem” transdisciplinar. A construção dessa experiência artística envolve a exploração da respiração topográfica, da etnoficção e dos arquivos biográficos inscritos no corpo de cada artista.
O espectáculo é uma co-produção entre a CiRcoLando, o Teatro Nacional São João, o Teatro Académico de Gil Vicente, o Cineteatro Louletano, o Teatro Aveirense e o São Luiz Teatro Municipal. A pesquisa e parte do processo de criação concentram-se nas ilhas do Fogo e São Vicente, em Cabo Verde.
As apresentações de “Cratera” acontecem em várias datas e locais, incluindo:
Além disso, estão previstas leituras encenadas em locais como Porto, CACE Leitura Encenada, Cabo Verde, Centro Cultural Ildo Lobo Leitura Encenada, e Lisboa, São Luíz Leitura Encenada.
André Braga e Cláudia Figueiredo são os directores artísticos da CiRcoLando – Central Elétrica, um centro de criação e residências sediado no Porto. O seu trabalho é caracterizado pela intersecção de disciplinas, com foco nas artes performativas. Eles construíram uma linguagem única baseada no conceito de transdisciplinaridade, dialogando intensamente entre dança e teatro e incorporando contribuições de outros campos criativos, como poesia, artes plásticas, música e vídeo.