O maestro José Firmino Morais Soares faleceu, aos 91 anos, sendo o fundador de dois grupos corais de Coimbra e autor de vasta obra coral e sinfónica.
O velório foi na Igreja da Misericórdia em Buarcos, Figueira da Foz, e o funeral realizou-se no sábado.
José Firmino Morais Soares nasceu a 12 de Abril de 1931, em Bóbeda, no concelho de Chaves, fez o curso de piano e de composição, leccionar em Chaves e depois radicou-se em Coimbra, onde foi professor no Conservatório de Música.
Em 1968 foi convidado pela Direcção-Geral do Ensino Básico para elaborar o programa da disciplina de Educação Musical para ser seguido em todas as escolas do país.
Fundou em 1972 o coro Choral Poliphónico de Coimbra, tendo sido o seu director musical durante 20 anos.
Dez anos mais tarde fundou igualmente o Coro dos Pequenos Cantores de Coimbra, que dirigiu desde essa data até 2006.
José Firmino realizou inúmeros concertos no nosso país e no estrangeiro, tendo obtido as mais diversas distinções e prémios, como a medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Coimbra, em 1987, e a mesma medalha da Câmara Municipal de Chaves, em 1993.
José Firmino Morais Soares orientou estágios pedagógicos de Educação Musical em Lisboa e Coimbra, de 1971 a 1985, e como compositor recebeu vários prémios internacionais e nacionais de composição.
O maestro tem uma vasta obra de música coral e sinfónica e diversas obras de música de câmara e música sinfónica contemporânea.
Teve um programa na RTP, intituladoMúsica e Fantasia, que foi para o ar em 1981 e proferiu várias conferências e palestras ao longo dos anos em diversas cidades do nosso país.
José Firmino participou no Festival da Canção, em 1969, como compositor do tema “Cantiga”, com letra de José Henrique Rodrigues Dias e interpretação de Fernando Tordo, uma canção trovadoresca que se classificou em 5.º lugar.