O Ministério Público (MP) de Coimbra acusou sete arguidos e, destes, responsabilizou cinco pela criação, direcção e participação em grupo criminoso destinado à prática de crimes contra o património, informou a Procuradoria da República da Comarca de Coimbra.
Em nota publicada na sua página da Internet, a Procuradoria da República da Comarca de Coimbra afirmou que o grupo se caracterizava pela “cuidadosa selecção e vigilância dos alvos das suas acções, preferindo comerciantes que guardassem, nas respectivas residências, grandes quantias de dinheiro e outros bens em valor elevado”.
De acordo com a acusação, os arguidos exerciam “grande violência sobre as vítimas, sempre que a mesma se mostrava útil à prossecução dos seus fins”. Num dos actos, a fim de obterem informação sobre a localização da chave de um cofre, dois dos membros do grupo, actualmente sujeitos a prisão preventiva, torturaram um casal de idosos, até causarem a morte de um deles.
De acordo com a nota, os arguidos desenvolveram a sua actividade ao longo de pelo menos quatro anos, em toda a zona centro do país. A sua actividade, que incidia mais em zonas rurais, permitia retirar “elevados proventos que lhes permitiam manter um estilo de vida faustoso”.
“Aos principais membros do grupo, foi imputada, entre outros, a prática, em concurso efectivo, de dois crimes de homicídio, um dos quais na forma tentada, seis crimes de roubo, quatro crimes de sequestro, 20 crimes de furto qualificado, um dos quais tentado, um crime de tráfico de armas, branqueamento e associação criminosa”. Foi ainda requerida a perda de vantagens.
A investigação dirigida pela Directoria de Coimbra da PJ e pelo Departamento de Investigação Criminal da PJ da Guarda contou ainda com o apoio da Guarda Nacional Republicana (GNR).