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TAGV recebe “O Significado de Tudo” da Marionet

28 de Outubro 2022 Jornal Campeão: TAGV recebe “O Significado de Tudo” da Marionet

O Teatro Académico de Gil Vicente vai receber, nos dias 4 e 5 de Novembro, a encenação de Mário Montenegro para a Marionet ““O Significado de Tudo”.

O Significado de Tudo é a terceira criação de um tríptico dedicado ao tema-chapéu Sistemas, após A Glândula Secreta (2017) e O Limbo Empático (2018). O primeiro espetáculo incidiu sobre o tema dos sistemas corporais, o segundo sobre sistemas de inteligência artificial, este terceiro é sobre sistemas de conhecimento do mundo.

Nascida em 2000, a Marionet é uma companhia de teatro de Coimbra com um trabalho continuado de cruzamento das artes performativas com a ciência. Desenvolve criações artísticas originais a partir de temas científicos, realiza investigação na área da intersecção artes performativas-ciência, promove trabalhos artísticos colaborativos com cientistas, participa em projectos de formação avançada em centros de investigação científica e está envolvida em projectos de ciência participativa.

Em 2010 foi seleccionada para companhia residente, durante sete meses, no Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, no âmbito do Programa Rede de Residências da DGArtes e Agência Ciência Viva. Desde então a companhia tem colaborado com este centro de investigação em actividades de promoção da ciência, no seu programa de formação avançada em biologia experimental e biomedicina na área de comunicação da ciência, assim como em vários projectos artísticos.

Em 2012 iniciou o Centro de Documentação em Artes Performativas e Ciência, um repositório de peças teatrais e ensaios sobre o cruzamento entre estas duas áreas do conhecimento.

“Tanto a Arte como a Ciência constituem sistemas complexos que vão evoluindo com o tempo. Neste momento do mundo em que a produção de conhecimento de um e outro sistema ainda têm limites relativamente bem estabelecidos, importa-nos pesquisar (como já temos vindo a fazer) os pontos em que esses limites se esbatem, onde as fronteiras são menos definidas. A partir de pequenas experiências realizadas em palco, tentamos contribuir para o conhecimento de partes do todo de que compõem o mundo e as nossas existências. A nossa pesquisa focou-se (de modo pouco original, mas urgente) na nossa percepção das transformações aceleradas que o planeta em que vivemos está a atravessar, e de como estamos a reagir a essas mudanças. Olhamos para o passado, o presente, o futuro, para o temporário e o intemporal, o humano e o não humano. Falamos de enciclopédias, sobrescritos, argila, CO2, criptomoeda, dinossauros, bicicletas, linguagem, e de muitas outras coisas que constroem e destroem”, referem em comunicado.

A peça vai ter sessões no dia 4 de Novembro, às 15h00 e 21h30, e no sábado (5) às 21h30.